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AEP congratula-se com a aceleração das exportações que cresceram 10,1% em 2017

Para a Associação Empresarial de Portugal é gratificante que no ano passado “as exportações de bens tenham atingido, em termos de valor e de peso no PIB, o máximo desde que há registo”.
9 Fevereiro 2018, 16h37

A AEP – Câmara do Comércio e Indústria reagiu aos dados do INE de hoje. Em 2017 as exportações de bens aumentaram 10,1% (+0,8% em 2016) e as importações de bens cresceram 12,5% (+1,5% em 2016). O défice da balança comercial subiu para 13.843 milhões de euros, o que representa o valor mais elevado desde 2011.

“A AEP congratula-se com a forte aceleração das exportações, que registaram um crescimento nominal de 10,1%, quando em 2016 tinha sido de apenas 0,8%, segundo os dados que o INE divulgou hoje sobre o comércio internacional de bens em 2017”, diz a associação em comunicado.

Para a Associação Empresarial de Portugal é gratificante que no ano passado “as exportações de bens tenham atingido, em termos de valor e de peso no PIB, o máximo desde que há registo”.

Como menos positivo, a AEP sublinha o agravamento do défice da balança de bens, em 23,4%, em resultado de um aumento das importações (12,5%) acima das exportações, ainda que, em parte, associado à maior dinâmica da importação de bens de equipamento, face às necessidades de investimento, conduzindo a um valor da taxa de cobertura já ligeiramente abaixo de 80%.

“Esta tendência crescente das importações, não só pelo reforço do investimento, mas também do consumo, tem sido atenuada pelos esforços de valorização da oferta nacional em que a AEP está empenhada, conjuntamente com outras entidades, no âmbito do programa “Portugal Sou Eu”, o qual regista já cerca de 8.000 produtos com Selo atribuído e 640 estabelecimentos aderentes de comércio e serviços”, refere em comunicado a associação com sede no norte.

Enquanto se aguarda os números finais de 2017 relativos ao comércio internacional de serviços, é de esperar a continuação de um saldo positivo na balança de bens e serviços, bem como, um aumento da intensidade exportadora.

Sobre a forte aceleração das exportações, diz a associação liderada por Paulo Nunes de Almeida que “são dados que demonstram o esforço significativo das empresas no seu processo de internacionalização e, simultaneamente, o enorme reconhecimento da qualidade dos seus produtos pelos mercados internacionais. Em particular o crescimento das vendas para fora da União Europeia, em cerca de 15%, com principal enfoque nos Estados Unidos, Angola, Brasil e China, mercados em relação aos quais a AEP tem vindo a apoiar massivamente as empresas portuguesas”.

 

“A AEP continuará fortemente empenhada no apoio ao processo de internacionalização das empresas, apelando para que este apoio constitua, também, um importante desígnio e foco de orientação das políticas públicas, em benefício do desenvolvimento económico sustentado do país”, conclui a nota.

Segundo o INE, em dezembro de 2017, o Índice de Volume de Negócios na Indústria desacelerou para 3,6% (em variação homóloga) e os Índices de Emprego e de Remunerações na Indústria aumentaram 4,1% e 6,4% (em variação homóloga), respetivamente.

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