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AEP manifesta “preocupação” com nacionalização do Novo Banco

Associação Empresarial de Portugal está preocupada com processo de venda do Novo Banco. E alerta que solução terá de passar por acionistas “verdadeiramente estratégicos”, afastando o Estado da equação num cenário de nacionalização .
13 Janeiro 2017, 13h32

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) está preocupada com a indefinição do processo de venda do Novo Banco, numa altura em que o sistema financeiro português é marcado por diversas incertezas. E defende uma “solução que promova acionistas verdadeiramente estratégicos”, sinalizando discordância com uma eventual nacionalização e a importância do Novo Banco no financiamento da atividade económica.

Em comunicado a AEP dá conta que “manifesta preocupação pela indeterminação que rodeia o importante processo de alienação do Novo Banco, num contexto que se caracteriza por diversas incertezas e problemas do sistema financeiro português”.

A associação sublinha, ainda, a preocupação relativa à decisão que irá ser tomada, entendendo a AEP que “deverá ser privilegiada uma solução que promova acionistas verdadeiramente estratégicos, com a inerente estabilidade de médio e longo prazo, em detrimento de uma solução de curto prazo”. Neste caso, frisa, poderia implicaria “efeitos profundamente nefastos ao nível do financiamento da atividade económica, em particular do tecido empresarial, domínio em que o Novo Banco tem presença com algum relevo”.

No quadro do “necessário e urgente” relançamento do investimento empresarial e do “incontornável apoio” à internacionalização das empresas, a AEP destaca que importa assegurar que a decisão que vier a ser tomada não coloque em causa o que foi uma das razões invocadas para a aplicação da medida de resolução, deliberada pelo Banco de Portugal em 3 de agosto de 2014. A AEP recorda aqui “a relevância da instituição no conjunto do sistema bancário e no financiamento da economia”.

A associação liderada por Paulo Nunes de Almeida conclui que os grandes motores do crescimento económico são o investimento e exportações, onde, diz, “o protagonismo das empresas é evidente” e exigem uma resposta “adequada” ao nível do seu financiamento, assegurado, em grande parte, pelo sistema financeiro.

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