Uma das conegociadoras das novas regras orçamentais europeias, a eurodeputada socialista sublinha a maior flexibilidade que estas conferem e a posição privilegiada em que Portugal chega a este novo quadro, com margem para negociar reformas e com saldo positivo.
O Programa de Estabilidade não inclui as medidas do novo Executivo, tirando utilidade à avaliação do documento, mas os prazos apertados e as mudanças no reporte a Bruxelas não obrigavam a tal. Oposição deixa críticas à incerteza das contas.
O primeiro trimestre registou um abrandamento do crescimento para 1,6%, enquanto a inflação voltou a acelerar. Dados afastam ainda mais a Fed de cortes de juros já em junho.
A evolução é clara: de 17% em 1974, a dívida pública atingiu um máximo de 135% em 2020, à boleia da Covid-19, estando agora abaixo de 100% pela primeira vez desde 2008. Esta subida foi, ainda assim, acompanhada de crescimento assinalável.
O crescimento anualizado de 1,6% fica bastante abaixo dos 2,4% projetados pelo mercado, enquanto a inflação medida pelo índice de despesas pessoais de consumo subiu para 3,4%.
A responsável pelo BCE, vista como um dos membros mais agressivos no que respeita à política monetária, frisou a tensão que permanece no sector terciário, onde os salários continuam a subir apesar da queda contínua da produtividade.