Para o Financial Times, António Costa conseguiu surpreender ao resistir um ano e manter o compromisso com o BE e o PCP: “As expetativas de que esta parceria improvável ia falhar eram tão altas que o primeiro-ministro já desafiou a maioria dos críticos apenas e só por sobreviver para um segundo ano no cargo”, escreve hoje o jornal.
O diário refere o ceticismo da oposição e dá relevo às declarações do ex-ministro, Pedro Passos Coelho, ao abandonar o Governo: “Espero não ser chamado para uma casa em chamas”.
A reticência dos credores internacionais, dos mercados e das agências de rating em “torno do modesto crescimento económico” e do “frágil setor financeiro” português também são salientadas.
Ainda assim, para o jornalista Peter Wise, o chefe do Executivo português “regista níveis de popularidade que outros líderes de centro-esquerda na Europa apenas podem sonhar”, indicando-o como exemplo para o Podemos, em Espanha.
Os níveis de popularidade são atribuídos à defesa do fim do clima de austeridade do programa de ajustamento em 2011-2014. “Agiu rapidamente para recuperar os orçamentos do sector público, horário laboral, férias e pensões estatais para os níveis pré-resgate”.
O diário sublinha ainda que António Costa “beneficiou de uma mudança na atitude em relação à disciplina orçamental severa” na Europa.
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