A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira com uma perda ligeira, apesar de ter negociado quase toda a sessão no verde e de as principais congéneres europeias terem registado ganhos. As ações italianas foram a exceção, com especial destaque para o tombo da banca, que penalizou o português BCP.
“Nesta primeira sessão da semana, a bolsa portuguesa terminou em ligeira baixa, numa sessão influenciada pela reação dos mercados europeus ao resultado das eleições em Itália”, explicam os analistas do BPI.
O PSI 20 recuou 0,03% para 5.365,66 pontos, influenciado pela queda de 3,24% para 0,302 euros das ações do banco liderado por Nuno Amado. “Apesar de a maioria das ações do PSI 20 ter encerrado em terreno positivo, a queda superior a 3% protagonizada pelo BCP não permitiu que o índice fechasse em alta. As ações do banco foram alvo de uma realização de mais-valias após os fortes ganhos alcançados na semana passada”, referem.
Toda o setor bancário na zona euro foi arrastado pela tendência na banca italiana. O índice FTSE Italia Banche cedeu 2,62% e o Euro Stoxx Banks recuou 0,56%.
Em Lisboa, do lado das quedas, destacou-se assim o tombo da Sonae Capital (5,72%) e dos CTT (2,36%). Em sentido contrário, a Altri liderou os ganhos (3,03%), seguida da Corticeira Amorim (1,95%) e da NOS (1,62%). Na energia, as ações da Galp avançaram 1,19% para 14,840 euros, as da EDP 0,39% para 2,800 euros e as da EDP Renováveis 1,13% para 7,165 euros.
Na Europa, o dia foi pintado a verde, com o índice Euro Stoxx 50 a ganhar 0,91%. O alemão DAX avançou 1,58%, o francês CAC 40 subiu 0,72%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,61% e o britânico FTSE 100 valorizou 0,62%.
Pelo contrário, o índice de referência italiano FTSE MIB recuou 0,38%, após as eleições deste domingo. “Enquanto o bom desempenho do anti-establishment Movimento Cinco Estrelas foi a história da noite, os resultados iniciais em Itália indicam um Parlamento em suspenso. A questão para os investidores é se a incerteza política vai ofuscar a melhoria dos fundamentais económicos do país”, explicou Neil Dwane, estratega global da AllianzGI.
No dia em que foram divulgados dados das compras de ativos pelo Banco Central Europeu (BCE) em fevereiro, os juros das dívidas soberanas a 10 anos na zona euro caem de forma generalizada. Na Alemanha, as yields recuaram para 0,80%, em França para 0,90%, em Espanha para 1,49% e em Portugal para 2%. Itália é, também neste campo, a exceção, com os juros a subirem para 2%.
No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,11% para 1,233 dólares.
[Notícia atualizada às 17h05]
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com