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BCE corta compra de dívida portuguesa para 462 milhões em março

O banco central liderado por Mario Draghi cortou para metade o limite da compra de dívida em 2018, face ao ano anterior. No entanto, a diferença face ao valor das aquisições no ano passado não tem sido significativa.
Armando Babani/EPA/Lusa
4 Abril 2018, 14h46

O Banco Central Europeu (BCE) comprou 462 milhões de euros em dívida pública portuguesa, em março. Depois de um ligeiro aumento no montante adquirido, em fevereiro, a instituição liderada por Mario Draghi voltou à tendência de redução das aquisições.

O valor significa uma diminuição face aos 489 milhões de euros adquiridos em fevereiro. No entanto, no terço mês do modelo reduzido de compra de ativos da zona euro, a diferença continuou a não ser significativa face ao que o BCE adquiria no ano passado.

Lançado em março de 2015 para estimular a inflação e o crescimento económico na zona euro, o programa já levou o BCE a adquirir 32.476 milhões de euros de dívida portuguesa, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo banco central. No total dos países do bloco, a instituições comprou 20.774 milhões de euros em março e 1,99 biliões de euros desde o início do programa.

O BCE diminuiu o limite máximo para a compra de ativos para 30 mil milhões de euros por mês, a partir de janeiro, em comparação com os 60 mil milhões até dezembro. O programa está planeado até ao final de setembro e esta é a forma de a instituição liderada por Mario Draghi começar a preparar o mercado para o fim dos estímulos.

No entanto, a diminuição não parece ser significativa e uma análise da agência de notação financeira DBRS indicou até que o BCE aumentou o ritmo semanal médio de compras no primeiro trimestre do ano, em relação ao ano passado.

As aquisições aceleraram para uma média de 83 milhões de euros por semana em 2018, em comparação com 38 milhões em 2017, indicou a agência canadiana. A DBRS acrescentou ainda que depois de ter demorado menos de dois anos a alcançar os 20 mil milhões de euros, foram precisos menos de um ano e meio a acrescentar cinco mil milhões de euros.

[Notícia atualizada às 14h50]

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