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Bitcoin. Banco de Portugal deixa alerta sobre riscos

O aviso do Banco de Portugal surge numa altura em que a criptomoeda mais conhecida do mundo estabeleceu novos máximos históricos para de seguida cair mais de 15%, numa correção que ainda se verifica. O regulador alerta para a alta volatilidade de títulos que não têm qualquer tipo de garantia em caso de fraude ou perda total do investimento.
24 Fevereiro 2021, 11h14

O Banco de Portugal (BdP) reitera os alertas já deixados referentes aos ativos virtuais cuja valorização tem sofrido fortes oscilações, ou seja, ao mercado das criptomoedas. Em comunicado desta quarta-feira, o banco central relembra os riscos associados a estes ativos e reforça que a sua competência relativamente a estas entidades se limita à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

O BdP reforça que estes ativos, no qual se inclui a Bitcoin, “não têm curso legal” no nosso país, pelo que a sua aceitação como forma de pagamento não é obrigatória, nem está coberto por uma garantia do banco central, como acontece com depósitos normais.

Assim, o regulador alerta que não existe qualquer proteção para quem efetue pagamentos com estas divisas e que estas transações podem ser usadas indevidamente, tanto em ações fraudulentas, como em atividades criminosas.

Adicionalmente, a informação refere ainda a volatilidade associada a estes ativos, argumentando que a sua formação de preços é frequentemente pouco transparente, o que acompanha a informação incompleta ou pouco clara que costuma ser disponibilizada. Associado a essa grande variação de preços existe ainda o risco de perdas totais ou parciais que, dada a natureza das moedas virtuais, não estão sujeitas a cobertura por parte de nenhum fundo.

Este aviso surge dias depois de a Bitcoin ter atingido um novo máximo histórico acima dos 58 mil dólares (47,72 mil euros) e ter rapidamente caído até aos 45 mil dólares (37,03 mil euros), arrastando consigo títulos de empresas que muito contribuíram para a valorização da criptodivisa este ano, como a Tesla.

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