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Brasil fica isento da tarifa sobre aço dos EUA, mas não da de alumínio

A 30 de abril, o governo de Trump anunciou que tinha selado acordo com Argentina, Austrália e Brasil, e as isenções foram estendidas para esses países. Hoje, o documento da Casa Branca só menciona Argentina e Austrália entre os países que serão isentos das taxas sobre o alumínio, portanto, o Brasil passa a estar entre os países que terão que pagar tarifas de 10% para exportar o produto aos Estados Unidos.
Michel Temer
31 Maio 2018, 20h57

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira (31) que vai impor tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio importados de países da União Europeia e do Canadá e México, seus parceiros no Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). As novas tarifas entram em vigor esta sexta-feira (1 de junho). Brasil, Argentina e Austrália continuam isentos das tarifas de aço, mas o Brasil não aparece na lista dos países que continuam isentos da de alumínio.

Alguns dos países atingidos estão entre os maiores parceiros políticos dos Estados Unidos. A razão apontada pela Casa Branca para a imposição das tarifas foi “proteger a segurança nacional dos efeitos do excesso de oferta global de aço e de alumínio”. O governo americano disse que tentou negociar com alguns países para rever pontos que considera prejudiciais à segurança nacional, mas ressaltou que não obteve resultados em todos os casos.

Aço

No dia 30 de abril, um acordo com a Coreia do Sul foi fechado sobre a questão da tarifa sobre o aço, e hoje foram confirmados os acordos com o país e com a Austrália, a Argentina e o Brasil. Haverá imposição de quotas, ou limites quantitativos, à exportação do produto por esses países.

“Os Estados Unidos, no entanto, não conseguiram chegar a um acordo satisfatório com Canadá, México e União Europeia, depois de ter repetidamente atrasado a implementação das tarifas para dar mais tempo para as discussões”, acrescenta o comunicado da Casa Branca.

Alumínio

Argentina e Austrália também fecharam acordo sobre o alumínio. A dia 22 de março, os Estados Unidos anunciaram que estavam a negociar com Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, México, Coreia do Sul e União Europeia alternativas para lidar com a questão das importações do produto. As tarifas foram suspensas até ao dia 1 de maio.

A 30 de abril, o governo anunciou que tinha selado acordo com Argentina, Austrália e Brasil, e as isenções foram estendidas para esses países. Hoje, o documento da Casa Branca só menciona Argentina e Austrália entre os países que serão isentos das taxas sobre o alumínio, portanto, o Brasil passa a estar entre os países que terão que pagar tarifas de 10% para exportar o produto aos Estados Unidos.

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