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Brincar com Lego é nova forma de aprendizagem para adultos

O método baseia-se no conceito handstorming – em pensar com as mãos na construção de conhecimento, através de modelos em Lego. Pode ser usado em contextos empresariais e académicos.
1 Novembro 2017, 13h30

Centenas de peças de LEGO, de todas as cores e feitios estão ali sob a mesa ao alcance de todos. “Quando foi a última vez que brincaram com LEGO?” é a primeira questão que se coloca. Rita Oliveira Pelica, facilitadora certificada, vai dando instruções aos participantes. O processo é simples e promove a sua eficácia. Cada participante vai construindo a sua própria história.

“As peças de LEGO servem para criar metáforas para conceitos, ideias de negócio, produtos ou serviços – de uma forma rápida, criativa e intuitiva fazem-se protótipos 3D”, explica a fundadora e CEO da OnYou – Empowering & Learning Experiences, que aposta na dinamização da metodologia LEGO® SERIOUS PLAY®, uma nova forma de aprendizagem para adultos assente no pressuposto: aprender enquanto se brinca. Ou, no original em inglês, Learning by playing.

Este método inovador trabalha o desenvolvimento de indivíduos, equipas, empresas e outras organizações, melhorando o seu auto-conhecimento e potencializando as suas performances através do incentivo à criatividade, inovação e comunicação, pela resolução de problemas. O método, explica Rita Oliveira Pelica, “baseia-se no conceito handstorming – em “pensar com as mãos” na construção de conhecimento, através de modelos em LEGO. É uma abordagem totalmente prática que permite uma experiência multi-sensorial: visual, auditiva e cinestésica. Hands on!”

Quando terminam de construir o seu modelo – storybuilding, os participantes são convidados a partilhar as suas histórias – storytelling. É um método muito democrático para a condução de reuniões e que se baseia numa filosofia de liderança participativa: todos participam no processo – contando as suas his tórias metaforizadas e ouvindo todas as histórias dos elementos que fazem parte da sessão. Há um foco evidente nos conceitos de inteligência coletiva e de economia colaborativa, pois os modelos base individuais servirão depois para a construção de modelos partilhados.

Segundo Rita Oliveira Pelica, que tem carreira profissional consolidada na área dos recursos humanos, uma das vantagens desta metodologia é a sua “flexibilidade”, o poder ser usado em contextos empresariais e académicos.
Nas empresas, explica, é particularmente interessante utilizar esta ferramenta em processos de recrutamento e seleção, comunicação, alinhamento de cultura organizacional, definição de estratégia, liderança/gestão de equipas e inovação. No mundo académico, acrescenta, “esta é uma abordagem muito alinhada com as formas de aprendizagem das novas gerações, muito criativa e visual”. Em Portugal está já a ser feito algum trabalho neste sentido, ao nível das Universidades, em cursos para executivos, caso de Soft Skills e Marketing Pessoal que Rita Pelica está a co-organizar no ISEG, em Lisboa.

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