O Banco de Portugal (BdP) foi um tema recorrente ao longo do debate quinzenal na Assembleia da República e coube ao líder parlamentar do PS, Carlos César, uma derradeira intervenção para salientar que “as falhas [do BdP] foram em segunda instância falhas da governação, que é como quem diz, falhas dele próprio [Pedro Passos Coelho], do PSD e do Governo que integrou.”
Referindo-se à atuação no caso do BES, César afirmou que o BdP “não foi foi suficientemente atento, tal como o Governo anterior. Essa realidade devem como consequência muitos casos e as piores consequências e prejuízos para clientes de bancos e em geral para os contribuintes.” Em resposta às críticas do PSD, que alerta para um conflito institucional entre o Governo e BdP, César argumentou: “Não é falta de cultura democrática reiterar o entendimento de que o Banco de Portugal não foi suficientemente atento. As palavras são para usar.”
Sobre o caso dos “offshores”, o líder parlamentar do PS realçou que Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, começou “por se excluir de responsabilidades” e acabou “por se responsabilizar.” Mais, “diz que só ele [Paulo Núncio] é que sabia da lei da rolha que aplicou, mas afinal o gabinete da ministra [das Finanças] também sabia.” Como tal, “se a ministra das Finanças sabia, isso prova que o primeiro-ministro de então não podia não saber. Esta é a história de um Governo à qual não faltarão histórias semelhantes. Esse Governo teve uma opção política fiscal de perseguição dos pequenos cidadãos, deixando de fora quem poderia ser relevante e importante,” concluiu César.
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