A alta cotação da bolsa venezuelana reflete principalmente a desvalorização da moeda na ordem dos 97% no mercado negro e uma inflação qualificada como ‘galopante’. No entanto, a taxa de juro oficial de câmbio do governo manteve-se fixada nos 10 bolívares por dólar, criando a ilusão de retornos astronómicos e valorizações delirantes ao ponto de que algumas empresas venezuelanas tivessem registado capitalizações que excediam gigantes como Apple.
À taxa do mercado negro, que a maioria dos venezuelanos usa para aceder à divisa, as ações ganharam um respeitável mas pouco impressionante, 18%. Isto permitiu a que os investidores locais – e quase todos são locais, já que é muito difícil retirar ou fazer entrar dinheiro no país – proteger parcialmente as suas poupanças do caos económico no qual está ‘mergulhado’ este país.
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