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Como o uso ilícito de dados abalou a maior rede social do mundo

Dados de 50 milhões de perfis do Facebook terão sido usados para ajudar a eleger Trump. O fundador, Mark Zuckerberg, admitiu que a rede social errou e tem a responsabilidade de proteger os utilizadores.
24 Março 2018, 16h00

Alexander Nix sempre fez questão de manter o ar de executivo ocupado. Não desviava os olhos do MacBook enquanto respondia ocasionalmente a perguntas e, muitas vezes, começava as suas respostas com uma aparência defensiva, “olhe…” Fato, colete e gravata em tons escuros completavam a imagem deste CEO que está no centro do furacão. Até esta semana encontrava-se em plena atividade como líder da Cambridge Analytica, uma empresa de análise de dados que trabalhou com a equipa de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2016, e utilizou a informação de cerca de 50 milhões de perfis do Facebook. O objectivo era prever qual seria o sentido de votos dos utilizadores na eleições. A notícia foi avançada no sábado passado pelo “Guardian”, através do Observer (publicação do mesmo grupo).

Nix trabalhava num modesto escritório em Londres. Em cima da secretária costumava estar um exemplar da revista “Time” com a imagem de Donald Trump. Recorde-se que Steve Bannon, um dos principais conselheiros do presidente norte-americano, chegou a ser vice-presidente da Cambridge Analytica. Antes de chegar aqui, Nix passou pela prestigiosa escola de Eton, o berço de elites no Reino Unido, e pela Universidade de Manchester. Foi analista financeiro antes de se unir à sociedade britânica de marketing Strategic Communication Laboratories (SCL), de que a Cambridge Analytica é uma filial.

Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

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