O Acordo de Paris entrou esta sexta-feira em vigor, menos de um ano depois de ser aprovado. Em Portugal, 29 municípios do País preparam-se para dar início a um conjunto de estratégias específicas para travar os piores cenários resultantes da mudança do clima.
Este é o primeiro pacto universal sobre as alterações climáticas. Contrariamente ao Protocolo de Quioto que definia uma série de medidas de carácter obrigatório, o Acordo de Paris consiste num misto de objetivos voluntários e vinculativos passíveis de evoluir para compromissos mais ambiciosos e obrigatórios, não contemplando nenhum quadro sancionatório, o que terá contribuindo para a adesão de países como os EUA e a China.
Depois de ter sido assinado por 197 países e ratificado pelo número suficiente de países que representam 55% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, chegou a hora de pôr o documento assinado em prática.
A data prevista para ser posto em vigor era prudentemente 2020, mas a maior visibilidade social e força política conduziram a uma aceleração no processo.
No último século a temperatura já aumentou quase um grau (0,8), sendo que na bacia do Mediterrâneo, onde se situa Portugal, o aumento já chegou à unidade. Face a isso, em vários municípios portugueses está a ser preparado um projeto que vista a prevenção de situações de maior vulnerabilidade às alterações climáticas.
O projeto, com o nome ClimAdaPT.Local, liderado pelo especialista Filipe Duarte Santos, integra um conjunto de estratégias diferentes e adaptadas a cada uma das localidades ligadas à iniciativa.
Em declarações ao Diário de Notícias, o especialista Gil Penha-Lopes, coordenador no terreno do ClimAdaPT.Local, realça que a nível nacional as principais vulnerabilidades são “as taxas de erosão costeira elevadas, redução da precipitação anual no Alentejo e Algarve, que vão ter maior risco de desertificação, fenómenos extremos, com chuvas intensas que causarão mais cheias, e ondas de calor com impactos negativos na saúde”.
O principal objetivo deste Acordo é limitar o aumento da temperatura média do planeta a 2 graus Celsius até ao final do século, uma meta ambiciosa que levará a mudanças significativas no sistema energético, nos transportes, na economia e nos estilos de vida de cada indivíduo.
Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, explica ao DN que a entrada em vigor do Acordo de Paris “vai obrigar a uma revolução do sistema energético global, atualmente assente na queima de combustíveis fósseis, que dentro de duas a três décadas terá de basear-se fortemente em fontes renováveis”. O especialista sublinha que “essa revolução terá um grande impacto no nosso estilo de vida, na utilização dos recursos e no consumo”.
A lista inclui concelhos de todo o País:
1-Viana do Castelo
2- Montalegre
3-Bragança
4- Braga
5- Guimarães
6- Porto
7- Amarante
8- São João da Pesqueira
9- Tondela
10-Ílhavo
11- Seia
12- Figueira da Foz
13- Leiria
14- Tomar
15- Castelo Branco
16- Castelo de Vide
17- Coruche
18- Torres Vedras
19- Lisboa
20-Sintra
21- Cascais
22- Almada
23- Barreiro
24- Ferreira do Alentejo
25- Évora
26- Odemira
27- Loulé
28- Funchal
29- Vila Franca do Campo
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