O Grupo CP apresentou as suas contas consolidadas de 2017 à CMVM. A empresa pública registou prejuízos de 111 milhões de euros no ano passado, menos 22,9% (menos 32.933 milhões de prejuízos) do que no ano de 2016 onde reportou 144 milhões de euros.
O EBITDA do grupo CP subiu 276,1% (de 6,7 milhões em 2016 para 25,24 milhões em 2017). O Grupo detém, para além da CP – Comboios de Portugal, também empresas de manutenção de material circulante, empresas de formação, de cuidados de saúde, de mediação de seguros, entre outras (EMEF, SIMEF, Ecosaúde, Saros, Fernave, TIP, Otlis, entre outras).
Ao nível do Balanço o Grupo CP do Estado continua com capital próprio negativo de -2.246,3 milhões de euros. Ainda assim melhorou em 2017, em 15,3%.O passivo da CP caiu 13,7% para 2.875,5 milhões. Os financiamentos obtidos no ano somaram 2.615,9 milhões de euros (-13,6%).
Olhando para a CP – Comboios de Portugal apenas, os prejuízos foram de 112 milhões, menos 23% do que os 144,6 milhões um ano antes.
O EBITDA recorrente (resultado recorrente da actividade de transporte de passageiros) da CP subiu e foi positivo em 14,6 milhões e o resultado operacional foi negativo em 35,5 milhões, melhores que em 2016.
Em termos de indicadores operacionais o Grupo CP (100% do Estado) que detém a CP – Comboios de Portugal revela que o número de passageiros aumentou num ano 6,3% para 122 milhões (face a 144,8 milhões em 2016). “Em 2017, foram transportados pela CP cerca de 122 milhões de passageiros, correspondendo a um aumento de 6,3% relativamente a 2016 e representando, em termos absolutos, um acréscimo de aproximadamente 7,2 milhões de passageiros transportados”, lê-se no relatório e contas.
Este crescimento foi transversal a todos os serviços da CP, destacando-se o serviço de longo curso que subiu 6% para cerca de 6,4 milhões de passageiros transportados e o Serviço Urbano de Lisboa com um crescimento de 7,3%, ou seja, mais 5,6 milhões de euros.
Os proveitos de tráfego aproximaram-se dos 250 milhões, representando uma subida de 19,6 milhões face a 2016 (+8,5%), acompanhando a tendência de aumento da procura. É ainda de considerar o aumento tarifário dos serviços urbanos de Lisboa, Coimbra e Porto de 1,5%.
A CP realizou em 2017 um total de 16,3 milhões em investimentos, 84% dos quais destinados a material circulante.
Os custos com pessoal subiram 1,8 milhões de euros devido à reversão total da redução remuneratória, imposta no tempo do resgate, bem como a reposição parcial das progressões e acréscimo de outros abonos.
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