“Acha que é razoável retirar dinheiro dos que mais precisam para alocar num banco? Quanto é que a Santa Casa vai pagar para entrar no Montepio Geral? Quem teve a ideia original deste negócio? A Santa Casa, o Montepio? O Banco de Portugal?” Ao intervir no debate quinzenal em curso no Parlamento, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, fez várias perguntas concretas ao primeiro-ministro António Costa.
Em vez de responder, Costa optou por falar de outro tema: a dívida. “Andou apaixonada pela dívida. Perguntou-me no dia 17 de janeiro, 27 de janeiro, 8 de fevereiro, 8 de março, 22 de março, 26 de abril, sempre a falar da dívida. Porque é que não me fala mais da dívida? Já não está preocupada com a dívida? A senhora deputada tem a coerência do salta-pocinhas. Não fazem essas perguntas porque sabem que a taxa de juro e a dívida está a baixar,” argumentou o primeiro-ministro.
Logo a seguir, Costa alertou que o Montepio Geral “não é um banco qualquer” e acabou por expor a sua versão dos acontecimentos: “O tema surgiu depois de a Santa Casa manifestar interesse em participar. E quer a Santa Casa, quer o Montepio, quer o Banco de Portugal não viram entraves a essa participação, pois acharam que era do interesse da associação mutualista e também, naturalmente, da Santa Casa. O então provedor [Pedro Santana Lopes] tomou a decisão de mandar fazer um estudo, o qual ainda não está concluído e sem o qual não é possível tomar qualquer decisão.”
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