A bolsa portuguesa negocia com ganhos a meio de sessão desta sexta-feira, em linha com o sentimento positivo das praças europeias, depois de ter estado no ‘vermelho’. O principal índice português, PSI 20, sobe 0,10% para 5.628,46 pontos, impulsionado pelas valorizações dos CTT e do setor da energia.
“O início do ano do índice nacional tem sido bastante auspicioso, algo que não se observava há diversos anos. Contudo, após um ganho superior a 4% num curto espaço de tempo a bolsa nacional torna-se vulnerável a um recuo técnico”, explicam os analistas do BPI Online, Ângelo Mea e Inês Souto de Moura.
Os CTT são a cotada que lidera os ganhos. A empresa valoriza 1,63% para os 3,750 euros, depois de “alguns acionistas institucionais terem reunido esforços com o maior acionista local, o grupo Champalimaud, para impor algumas alterações à Administração”, indicam os analistas do BPI Online. Esta proposta surge na sequência do plano de reestruturação, que levou à “substituição do administrador financeiro (CFO), André Gorjão, por Guy Pacheco, antigo administrador financeiro da PT Portugal”.
No setor da energia, a EDP soma 0,34% para os 2,984 euros, a EDP Renováveis ganha 0,44% para os 6,810 euros, a Galp Energia sobe 0,28% para os 15,945 euros e a REN valoriza 0,56% para os 2,518 euros. A somar estão também a Jerónimo Martins (0,47%), a Pharol (0,56%) e a Ibersol (1,26%).
Em sentido contrário, destaca-se a queda da Mota-Engil. A empresa perde 2,71% para os 3,955 euros, após ter sido uma das cotadas que mais dispararam nas últimas sessões da bolsa nacional, em função das perspetivas de melhoria da economia mundial, tendo em conta que a empresa tem áreas de negócios espalhadas por várias regiões do mundo (na Europa, África e América Latina).
A cair está também o BCP, que recua 0,07% para os 0,298 euros. A influenciar o desempenho das ações da cotada está a notícia de que “o Bank Millennium, a unidade polaca do BCP, não deverá pagar dividendos relativos ao exercício de 2017, tendo em conta as orientações dadas pelo regulador em relação à política de remuneração acionista em 2018”, indicam Ângelo Mea e Inês Souto de Moura.
Os analistas do BPI Online indicam ainda que, “por outro lado, o BCP informou que na sequência de uma operação de compra no dia 3 de janeiro, a BlackRock passou a deter uma participação de 2,88% no capital social do banco, face aos anteriores 2,83%”.
Em terreno negativo estão também a Sonae (-0,08%), a NOS (-0,27%), a Novabase (-0,32%), a Semapa (-0,49%), a Altri (-0,74%) e a Corticeira Amorim (-0,55%).
Nas restantes praças europeias, o alemão DAX ganha 1,05%, o espanhol IBEX 35 soma 0,53%, o francês CAC 40 avança 0,69%, o holandês AEX sobe 0,49% e o italiano FTSE MIB valoriza 0,76%. Destaque ainda para o britânico FTSE 100, que sobe 0,25%, e para o suíço SMI, que avança 0,33%, que registam novos máximos históricos nesta sessão.
“[Até agora] a situação dos índices europeus era bastante diferente da observada nos Estados Unidos”, afirmam os analistas do BPI Online. “Enquanto que os índices asiáticos e americanos continuam a marcar novos máximos, as ações europeias ainda não tinham conseguido superar máximos de novembro de 2017, ‘arrastando-se’ num intervalo de consolidação desde então”, sustentam.
No mercado petrolífero, o brent cai 1,04% para os 67,36 dólares por barril e o crude WTI valoriza 1,08% para os 61,34 dólares.
No mercado cambial, o euro perde 0,18% para 1,204 dólares e a libra ganha ligeiramente 0,03% para 1,355 dólares.
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