O défice das Administrações Públicas (AP) até setembro foi de 569 milhões de euros. A diminuição do défice em 2.290 milhões face ao mesmo período do ano passado deveu-se ao crescimento da receita e estabilização da despesa, de acordo com o ministério das Finanças.
O aumento da receita foi de 4,1%, sendo que o crescimento residual foi de 0,1%. O excedente primário ascendeu a 5.559 milhões de euros, ou seja mais 2.480 milhões de euros que no período homólogo.
A despesa primária reduziu-se em 0,3% face a 2016, “em grande parte resultado do perfil do pagamento do subsídio de Natal nos salários e pensões”. Em sentido contrário, o acréscimo de 29,7% no investimento e o crescimento de 4,4% na despesa com o Sistema Nacional de Saúde foram medidas com impacto no aumento de despesa.
“A continuada evolução favorável do défice reforça a confiança nos objetivos orçamentais estabelecidos para 2017 e permitirá acomodar o elevado impacto de fatores que vão traduzir-se num abrandamento do ritmo de redução do défice no quarto trimestre”, referiu o ministério das Finanças, em comunicado.
Para os próximos meses, o ministério liderado por Mário Centeno espera que o ritmo mais lento de redução do défice se deva em parte ao pagamento do subsídio de Natal (dos quais 50% em novembro). Do lado da receita, destaca a componente temporária do PERES e o acerto de margens financeiras da União Europeia. Estes fatores têm um impacto de 1.500 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 16h50]
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