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Depois da tempestade, bolsas europeias voltam a brilhar

O PSI 20 fechou esta segunda-feira em terreno positivo, a acompanhar a tendência positiva que impera entre os principais índices europeus e norte-americanos.
Benoit Tessier / Reuters
12 Fevereiro 2018, 16h47

A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira a valorizar 1,48% para 5.373,37 pontos, a beneficiar da tendência positiva que regressou aos mercados. Dos EUA à Europa, as principais bolsas negociaram esta sessão com ganhos, depois de a semana passada ter sido marcada por quedas a pique e volatilidade. O euro segue a valorizar contra o dólar.

“A bolsa nacional iniciou a semana em alta, um movimento de recuperação face às recentes perdas e que se assemelhou ao verificado nos mercados europeus”, explicaram os analistas do BPI, sublinhando que “o BCP foi um dos principais catalisadores, ao registar uma valorização de 2,38% para os 0,2963 euros”, numa reação ao aumento da participação do Norges Bank para 2,08%.

Em destaque esteve também o disparo de 9,43% da Pharol. As ações fecharam nos 0,232 euros, depois de a telecom ter sido fortemente pressionada na sexta-feira pelo anúncio que as decisões tomadas na assembleia-geral de credores da brasileira Oi não seriam válidas.

Na energia, o foco esteve nas ações da Galp, que subiram 0,62% para 14,595 euros, após o anúncio que a petrolífera ganhou um contrato de 48 milhões de euros em Espanha para abastecer comboios nas comunidades de Aragão, Catalunha, Múrcia e Valência. A EDP valorizou 1,97% para 2,740 euros, a EDPR ganhou 1,23% para 6,970 euros e a REN 0,66% para 2,444 euros.

No setor do papel e pasta de papel, a Altri ganhou 3,51% para 4,565 euros, a Semapa avançou 1,94% para 17,880 euros e a Navigator subiu 1,84% para 4,094 euros.

No retalho, a Sonae subiu 1,68% para 1,207 euros e a Jerónimo Martins 0,59% para 17,115 euros, no dia em que foram conhecidos dados da inflação em janeiro. A pressão dos saldos no setor do vestuário e calçado levou a um recuo da inflação para 1%, contra os 1,5% de dezembro.

Fora de Portugal, “os mercados europeus começaram a semana numa tentativa de recuperação das recentes perdas que foi favorecida posteriormente pelo desempenho registado pela praça norte-americana”, referiram os analistas, num dia em que o índice Euro Stoxx 50 ganhou 1,73%.

Entre os índices nacionais, o alemão DAX foi o que mais subiu (1,53%). O francês CAC 40 avançou 1,30%, o espanhol IBEX 35 subiu 1,40%, o britânico FTSE 100 ganhou 1,14% e o italiano FTSE MIB valorizou 0,70%.

“Foram vários os setores de atividade a encerrar com ganhos superiores a 1%, mas os produtores de matérias-primas registaram valorizações superiores a 2%, suportado pela subida dos preços das matérias-primas. Destaque para a Glencore, Anglo American e Rio Tinto”, acrescentaram.

No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,15% para 1,2268 dólares. As yields das Obrigações benchmark na Europa recuam de forma generalizada, com a Alemanha nos 0,75%, França nos 0,99% e Espanha nos 1,48%. Portugal segue a tendência contrária com os juros da dívida a dez anos a subirem para 2,07%.

[Notícia atualizada às 17h05]

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