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Deutsche Bank examina contas de Donald Trump. Resultados não agradam aos democratas

A ala democrata do Senado solicita uma segunda investigação às contas do presidente com recurso a um auditor externo e independente para assegurar de que a auditoria será totalmente imparcial.
Kevin Lamarque/REUTERS
16 Fevereiro 2017, 17h43

A conta do presidente norte-americano Donald Trump no Deutsche Bank foi alvo de uma investigação interna para apurar se há ou não alguma ligação entre os recentes empréstimos ao multimilionário, conseguidos “em circunstâncias incomuns”, e o Governo russo. Segundo dados preliminares, o banco alemão não terá encontrado nenhuma evidência de que o líder dos Estados Unidos tenha sido apoiado por garantias financeiras de Moscovo, mas membros do Senado têm dúvidas em relação a esta investigação e exigem a nomeação de um auditor externo e independente para as contas de Donald Trump.

Segundo o jornal britânico ‘The Guardian’, as alegadas relações de Donald Trump com a Rússia, que têm estado na mira da oposição, terão suscitado uma auditoria interna no Deutsche Bank para tentar perceber se o magnata do imobiliário tinha ou não relações comerciais com a Rússia e se se está a aproveitar da sua posição privilegiada como presidente para beneficiar as suas empresas ao defender uma aproximação ao Kremlin. Até porque o seu império empresarial foi atribuído a membros da família.

“Acho importante que o povo americano fique a saber qual a extensão do envolvimento do banco com o presidente e, no caso de haver algum envolvimento russo nos empréstimos feitos a Donald Trump, os norte-americanos precisam de ter conhecimento”, conta ao ‘The Guardian’ o democrata Bill Pascrell.

O jornal dá conta de que a revisão interna começou quando Donald Trump anunciou a sua candidatura às presidenciais, seguindo o regulamento aplicável a pessoas politicamente expostas (PEP). As contas de Ivanka Trump, filha do presidente, e do genro, Jared Kushner, escolhido para conselheiro na Casa Branca, foram também alvo de buscas.

No entanto, a ala democrata do Senado não terá ficado satisfeita com os resultados da auditoria feita pelo banco alemão. Bill Pascrell explica que o Deutsche Bank “é um dos grandes credores do presidente Trump” e o facto de o banco estar a ser investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por alegados envolvimentos em esquemas de lavagem de dinheiro russos, pode implicar “um conflito de interesses preocupante”.

De forma a eliminar quaisquer especulações de irregularidades em torno do caso, a oposição ao Governo de Donald Trump pede uma segunda análise às contas do presidente. Mas desta vez com recurso a um auditor externo e independente para que a análise possa gozar de alguma credibilidade.

 

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