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DGS alerta para surto de hepatite A na Grande Lisboa

De acordo com a Direção-Geral da Saúde, “no ano passado, na Europa, começou-se a assistir a esta atividade anormal da doença”.
Instituto Politécnico de Leiria
29 Março 2017, 09h20

Atualmente há cerca de 13 países, incluindo Portugal, que reportam um aumento “anormal” da hepatite A, alerta a Direção-Geral da Saúde (DGS). “No passado tínhamos nesta altura seis casos reportados e agora temos uma centena”, explicou à agência Lusa a diretora do programa nacional para as hepatites virais da DGS, Isabel Aldir.

A responsável da entidade de saúde refere que, aparentemente, o surto teve origem na Holanda e depois alastrou-se ao Reino Unido e a outros países, nos quais se inclui Portugal. Ao que Isabel Aldir indicou, em declarações veiculadas no início desta terça-feira, quase todos os casos estão sinalizados na Grande Lisboa.

“Isto pode acontecer com qualquer indivíduo, com qualquer orientação sexual, mas o que tem sido até à data mais descrito, de facto, é um predomínio de casos em homens – não exclusivamente -, mas são muito mais frequentes os casos no sexo masculino comparativamente aos do sexo feminino. E dentro dos homens, parecem ser mais atingidos os homens que praticam sexo com outros homens”, sublinha a directora do programa.

Para Isabel Aldir, a informação e o conhecimento sobre que atitudes a adotar para reduzir o risco de contágio é das formas mais eficientes para se combater a proliferação da doença, e deixa alguns exemplos de posturas a adotar. “Fazer práticas de higiene pessoal, doméstica, normais, uma lavagem correta das mãos quando se vai preparar as refeições ou quando se vai à casa de banho, é também das medidas mais eficientes”, sugere.

Hepatite A – Definição de caso

Critérios clínicos

  • Pessoa que apresenta os primeiros sintomas da doença (p. ex. fadiga, dores abdominais,
    inapetência, náuseas e vómito intermitentes)
  • E pelo menos um dos três critérios seguintes:
    • febre;
    • icterícia;
    • níveis séricos de aminotransferase elevados.

Critérios laboratoriais

  • Pelo menos um dos três critérios seguintes:
    • detecção de ácidos nucleicos de vírus da hepatite A no soro ou nas fezes;
    • resposta imunológica específica ao vírus da hepatite A;
    • detecção do antigénio do vírus da hepatite A nas fezes.

Critérios epidemiológicos

  • Pelo menos um dos quatro critérios seguintes:
    • contágio de pessoa a pessoa;
    • exposição a uma fonte comum;
    • exposição a alimentos / água contaminados;
    • exposição ambiental

Fonte: Direção-Geral da Saúde

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