Em entrevista ao “De Volkskrant“, Jeroen Dijsselbloem disse que previa que Portugal, nomeadamente o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, pedisse a sua demissão da presidência do Eurogrupo na última reunião, no passado dia 7. “Esperava que o meu colega português [Ricardo Mourinho Félix] pedisse a minha demissão, mas ele não o fez”, realçou ao jornal holandês.
O ministro holandês reforçou a ideia de que já anteriormente tinha esclarecido que lamenta a confusão, quando questionado sobre o primeiro-ministro, António Costa, o ter associado a um “racista e xenófobo”. Na sua perspetiva, o facto de Portugal ter defendido a sua saída, antes e depois da reunião de ministros das Finanças europeus, não constitui um dado importante. “É apenas a minha opinião. É realmente um desafio manter a zona euro de acordo, algo que eu aprendi nos últimos anos”, sublinhou, em declarações divulgadas esta manhã.
O governante continua sob fortes críticas depois da entrevista ao “Frankfurter Zeitung”, na qual afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”. As declarações motivaram vários pedidos de demissão, sobretudo do Governo português, que assegurou, na voz do primeiro-ministro, que este “não tem a menor condição” para continuar no cargo.
O secretário de Estado das Finanças exigiu um pedido de desculpas público ao presidente do Eurogrupo e Jeroen Dijsselbloem disse na sexta-feira que não se demite depois das polémicas declarações sobre os países do Sul da Europa, mostrando-se disponível para cumprir o seu mandato ao fim. Jeroen Dijsselbloem também se mostrou “chocado” com a reação portuguesa e referiu que “certamente que não” abandonaria a posição.
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