O Dow Jones estabeleceu um novo recorde nos 23,516 pontos (+ 0,35%) num dia marcado pela espera dos resultados da Apple, e pela nomeação de Jerome Powell para sucessor de Janet Yellen à frente da Reserva Federal. Com tudo isso, o S&P 500 conseguiu terminar a sessão com ganhos ligeiros (+ 0,02% para 2.579,8 pontos), enquanto o Nasdaq caiu ligeiramente (-0,02% para 6.714,9 pontos).
As ações da Apple no after hours sobem 0,73% depois do anúncio dos seus resultados para o trimestre encerrado em 30 de setembro. O mercado gostou dos números.
A companhia registou uma receita trimestral de 52,6 mil milhões de dólares, um aumento de 12% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e ganhos trimestrais por ação 2,07 dólares, o que traduz um crescimento anual de 24%.
O lucro líquido foi de 10,7 mil milhões de dólares no trimestre (que é o quarto em termos de ano fiscal), o que traduz uma subida de 18,8% em relação ao mesmo período de 2016.
No ano fiscal de 2017, o lucro líquido foi de 48,3 mil milhões de dólares, um aumento de 5,8% face ao ano fiscal de 2016.
A empresa vendeu 46,7 milhões de iPhones. O projetado por analistas eram 46 milhões.
O presidente dos EUA, Donald Trump, nomeou Jerome Powell para líder da Reserva Federal o que é considerado pelo mercado como o mais parecido com a política monetária atual.
No entanto, a eleição final ainda requer aprovação pelo Senado, antes do termo de Yellen expirar em 3 de fevereiro.
Na quarta-feira, a Reserva Federal concordou, por unanimidade, manter as taxas de juros inalteradas na faixa dos 1% a 1,25%, como esperado. Na visão da Fed, o crescimento da economia dos EUA é “sólido”, o “mercado de trabalho continua forte”.
Foram também publicados os primeiros detalhes da reforma tributária desenvolvida pelo Partido Republicano no Congresso, em parceria com a Administração Trump. O objetivo é cortar o imposto das empresa de 35% para 20%, embora essa redução seja feita progressivamente nos próximos anos.
Por outro lado, um imposto de 10% é proposto pela primeira vez aos lucros que as empresas obtêm no exterior, com o objetivo de que as grandes multinacionais não acumulem lucros internacionais em detrimento de lucros nos EUA. Estes lucros não eram taxados à parte, até agora eram englobados na matéria coletável consolidada que é foram sujeita a uma retenção de 35% (desde que fossem repatriados para os EUA).
No nível macroeconómico, os dados de emprego da consultora ADP, correspondente ao mês de outubro, superaram a previsão de consenso de 200 mil empregos, com a criação de 235 mil empregos. Estes dados prevêem um bom desempenho do mercado de trabalho dos EUA antes do Relatório de Emprego de outubro, que será publicado nesta sexta-feira.
A empresa de processamento de ordenados ADP disse ontem que a criação de novos empregos nos EUA em outubro foi a maior em sete meses. A recuperação no mês de outubro foi liderada pelas empresas de construção, que reportaram a criação de 62 mil novos empregos, um sinal de que o esforço de reconstrução após a destruição causada pelos furacões Harvey, Irma e Maria já está em marcha.
Os dados da ADP não contabilizam os ordenados pagos pelo Governo e frequentemente divergem dos oficiais, ressalva a AP.
Além da criação de emprego, a evolução dos salários será particularmente relevante, devido ao seu efeito nas expectativas de inflação a longo prazo. O mercado espera a criação de 312 mil empregos e um aumento mensal nos salários de 0,3%. A taxa de desemprego permanecerá em 4,2%.
As ações do Facebook caíram 2,05% em Wall Street depois de rede social ter apresentado os resultados do terceiro trimestre. A empresa obteve 4,7 mil milhões de euros no terceiro trimestre, 79% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
No entanto, Mark Zuckerberg, fundador e CEO, confirmou que os investimentos aumentarão entre 50% e 60% no próximo ano, com o objetivo de aumentar a segurança e desenvolver novos produtos, o que afetará os lucros de 2018. A empresa possui 2.072 milhões de usuários ativos mensais.
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