A Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura reuniu hoje várias entidades aeroportuárias para afinar um plano em caso de inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira. Nesta ocasião Eduardo Jesus que tutela estas áreas rejeitou que tenham dormido milhares de pessoas na infraestrutura durante a passada semana.
Eduardo Jesus, secretário regional da Economia, Turismo e Cultura aproveitou para esclarecer os acontecimentos que ocorreram no Aeroporto da Madeira durante a última semana. “Tivemos 148 voos cancelados, mais 30 e tal divergidos, 15 mil pessoas afetadas e apenas dormiram na aerogare 300 pessoas. Não andam a dormir aos milhares pessoas no aeroporto e é bom que se desmistifique esta ideia”, esclareceu. “O ideal é não pernoitar ninguém. Não existe nenhum aeroporto do mundo nem hotel em Portugal com capacidade para alojar 15 mil pessoas”, acrescentou.
“Cada uma das entidades tem o seu plano para uma circunstância de inoperacionalidade do aeroporto. Interessa-nos que desses planos resulta um plano que seja integrado que vise a melhoria das condições das pessoas e a resposta que é gerada durante este período de inoperacionalidade”, disse Eduardo Jesus salientado que a ANA vai ser a entidade responsável pela elaboração deste plano integrado.
O secretário salientou que a solução do aeroporto do Porto Santo e a ligação marítima são soluções para poder contornar a inoperacionalidade do Aeroporto da Madeira.
“Falar de um novo aeroporto é prematuro é fora de tempo porque existem outras evoluções que têm que acontecer. O Aeroporto do Funchal tem limitações à operação que vêm da década de 1960 e que os acontecimentos da década de 1970 fizeram ainda amarrar mais essa ideia de que o aeroporto teria que ter limites que não deveriam ser ultrapassados e que são impostos aos pilotos quando esse mesmo limite noutro aeroporto é a decisão do piloto se opera ou não”, diz Eduardo Jesus.
O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura refere que desencadeou há cerca de um ano junto de entidades nacionais uma reflexão sobre estas limitações no Aeroporto da Madeira. “Nós não defendemos neste momento que o limite passe de 20 para 30, ou que o limite desapareça, ou que a imposição seja esta ou aquela, ou que a imposição passe a ser uma recomendação. As aeronaves de hoje não são as mesmas dos anos 70. Os pilotos têm uma preparação muito diferente e mais evoluída do que nesse tempo. A infraestrutura aeroportuária de hoje não é a mesma dos anos 70”, salienta Eduardo Jesus.
De recordar que no último mês o Aeroporto da Madeira tem sido afetado por ventos fortes que têm provocado a inoperacionalidade da infraestrutura.
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