O mercado de trabalho na zona euro continua a beneficiar da retoma económica do bloco, que está cada vez mais próximo de recuperar as perdas no emprego que sofreu durante a crise, segundo defendeu Mario Draghi, numa audição no Parlamento Europeu. No entanto, o presidente do Banco Central Europeu (BCE) alertou que estas melhorias ainda nãos e traduziram numa dinâmica de crescimento dos salários.
“O crescimento do emprego tem sido abrangente aos países e setores”, disse Draghi, lembrando que o número de desempregados na zona euro desceu para 14,6 milhões no terceiro trimestre de 2017, face aos 18,6 milhões no segundo trimestre de 2014.
Dos 19 países da zona euro, 16 registaram um crescimento do emprego anual positivo desde meados de 2014 e o emprego aumentou em 60% dos setores, desde dessa altura. “Os ganhos empresariais, juntamente com o aumento da riqueza das famílias, estão a suportar o outlook de consumo privado. O investimento nos negócios também mantém uma tendência positiva, auxiliado por melhorias nos lucros empresariais”, referiu o italiano.
No entanto, os salários não têm acompanhado a tendência e são uma das razões, segundo Draghi, para a inflação se manter abaixo das expetativas. Em outubro, a inflação na zona euro foi de 1,4%, o que falha a meta do banco central, ou seja, próxima, mas abaixo de 2%.
“As pressões de inflação subjacente ainda estão baixas com a folga no mercado de trabalho a continuar significativa”, sublinhou Draghi. “As melhorias no mercado de trabalho que observámos ainda precisam de tempo para se traduzirem num crescimento dos salários mais dinâmico”.
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