De acordo com o mais recente Barómetro de Práticas de Pagamento divulgado pela Crédito y Caución, nove em cada 10 empresas na Ásia Pacífico experimentaram, no último ano, atrasos no pagamento das faturas dos seus clientes “B2B”.
Segundo a especialista em seguro de crédito interno e de exportação, para proteger o seu negócio dos atrasos nos pagamentos, 33% das empresas adotou ações corretivas dos seus fluxos de caixa. Apesar disso, a preocupação com o aumento do período médio de cobrança cresceu significativamente entre os fornecedores da região.
Apesar da desaceleração e do reequilíbrio da economia chinesa, as previsões apontam para que o PIB da Ásia cresça 5,8% em 2017. No entanto, este forte crescimento não afeta a região de forma igual. Países como Indonésia ou Singapura revelam alguma vulnerabilidade. Pelo contrário, a Índia assumiu a liderança do crescimento global.
De acordo com o estudo da seguradora de crédito, 45% do valor total das faturas B2B na região entram em mora. A principal causa para o atraso no pagamento por parte dos clientes domésticos, indicada por 44% das empresas, é a insuficiência de fundos disponíveis. No caso dos clientes estrangeiros, a principal razão para o atraso é a complexidade dos procedimentos de pagamento. A taxa média de incumprimento nas operações B2B situa-se nos 2,1%. As principais razões são a falência (47%), a excessiva antiguidade da dívida (36%) e a impossibilidade para localizar o cliente (35%).
Diante deste cenário, Andreas Tesch, chief market officer da Atradius, ressalva que, para o próximo ano, as previsões apontam para que o PIB global cresça 3.0% e acrescenta que “apesar desta perspetiva positiva para a economia global, é essencial ressaltar que o aumento do protecionismo, a pressão monetária e a evolução da economia chinesa ainda em curso podem elevar a incerteza que enfrentam as empresas”. Em seu entender, isto poderia ensombrar as previsões globais de insolvência, debilitar a confiança das empresas, o investimento e os gastos em consumo”. Assim sendo, defende que, neste momento, o o principal objetivo de qualquer empresa deve ser a proteção do fluxo de caixa.
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