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Empresas na Ásia Pacífico reagem ao aumento da morosidade no pagamento de faturas

Nove em cada 10 empresas na Ásia Pacífico experimentaram, no último ano, atrasos no pagamento das faturas dos seus clientes “B2B”.
17 Outubro 2017, 13h17

De acordo com o mais recente Barómetro de Práticas de Pagamento divulgado pela Crédito y Caución, nove em cada 10 empresas na Ásia Pacífico experimentaram, no último ano, atrasos no pagamento das faturas dos seus clientes “B2B”.

Segundo a especialista em seguro de crédito interno e de exportação, para proteger o seu negócio dos atrasos nos pagamentos, 33% das empresas adotou ações corretivas dos seus fluxos de caixa. Apesar disso, a preocupação com o aumento do período médio de cobrança cresceu significativamente entre os fornecedores da região.

Apesar da desaceleração e do reequilíbrio da economia chinesa, as previsões apontam para que o PIB da Ásia cresça 5,8% em 2017. No entanto, este forte crescimento não afeta a região de forma igual. Países como Indonésia ou Singapura revelam alguma vulnerabilidade. Pelo contrário, a Índia assumiu a liderança do crescimento global.

De acordo com o estudo da seguradora de crédito, 45% do valor total das faturas B2B na região entram em mora. A principal causa para o atraso no pagamento por parte dos clientes domésticos, indicada por 44% das empresas, é a insuficiência de fundos disponíveis. No caso dos clientes estrangeiros, a principal razão para o atraso é a complexidade dos procedimentos de pagamento. A taxa média de incumprimento nas operações B2B situa-se nos 2,1%. As principais razões são a falência (47%), a excessiva antiguidade da dívida (36%) e a impossibilidade para localizar o cliente (35%).

Diante deste cenário, Andreas Tesch, chief market officer da Atradius, ressalva que, para o próximo ano, as previsões apontam para que o PIB global cresça 3.0% e acrescenta que “apesar desta perspetiva positiva para a economia global, é essencial ressaltar que o aumento do protecionismo, a pressão monetária e a evolução da economia chinesa ainda em curso podem elevar a incerteza que enfrentam as empresas”. Em seu entender, isto poderia ensombrar as previsões globais de insolvência, debilitar a confiança das empresas, o investimento e os gastos em consumo”. Assim sendo, defende que, neste momento, o o principal objetivo de qualquer empresa deve ser a proteção do fluxo de caixa.

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