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Escócia pode avançar com referendo para independência em 2018

Depois de várias intervenções em que mostrou o interesse em avançar com a segunda votação, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, garante que a votação pode acontecer em outono de 2018, uma data que, na sua perspetiva, é aceitável para a ida às urnas.
9 Março 2017, 10h39

O governo escocês tem mostrado constante interesse em avançar com o segundo referendo sobre a independência e, esta quinta-feira, adiantou uma possível data: outono de 2018. À BBC, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, assegurou que essa é uma altura aceitável para realizar a votação.

“Neste prisma, de quando o esboço de um acordo britânico se torna claro e com a saída do Reino Unido da União Europeia, considero que seja uma altura aceitável para que a Escócia tome esta decisão, se é essa a estrada que escolhemos seguir”, defendeu a líder do executivo escocês ao canal britânico.

Em declarações à BBC, Nicola Sturgeon frisou que, no entanto, ainda não foi tomada a decisão sobre a data oficial para o referendo sobre a independência da Escócia. Segundo a Constituição do país, esta segunda ida às urnas requer aprovação do Governo do Reino Unido, em Londres.

Segundo uma sondagem do instituto BMG, realizada junto de 1.067 eleitores escoceses, o apoio à independência da Escócia, excluindo os indecisos, aumentou 3% desde dezembro, com 49% de apoio, embora 51% continuem a dizer-se contrários. Para 56% dos inquiridos, um referendo só deve realizar-se após a conclusão das negociações do Brexit, o que não deve ocorrer antes de meados de 2019.

Desde o referendo de 23 de junho em que foi aprovada a saída do Reino Unido da União Europeia que a primeira-ministra escocesa refere a eventualidade de um segundo referendo sobre a independência. Em outubro, a first minister anunciou oficialmente que iria apresentar uma proposta de lei para um referendo sobre a independência.

A opinião da ministra em relação à necessidade de proteger os interesses da Escócia já era pública mas agora a governante concretizou esta intenção: “Estou determinada que a Escócia possa reconsiderar a questão da sua independência e isso antes de o Reino Unido sair da União Europeia”, reiterou.

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