[weglot_switcher]

Eurogrupo lança na próxima semana “corrida” à sucessão de Dijsselbloem

Portugal estará representado na reunião pelo ministro Mário Centeno, que nos últimos meses tem sido apontado como um dos possíveis candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo, mas que até agora ainda não assumiu uma eventual candidatura.
Yves Herman / Reuters
31 Outubro 2017, 15h43

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, deverá lançar na reunião da próxima segunda-feira do fórum de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, o processo de candidaturas à sua sucessão, com vista à eleição agendada para 4 de dezembro.

Portugal estará representado na reunião pelo ministro Mário Centeno, que nos últimos meses tem sido apontado como um dos possíveis candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo, mas que até agora ainda não assumiu uma eventual candidatura.

Um alto responsável do Eurogrupo explicou hoje que na reunião de 6 de novembro “o presidente do Eurogrupo irá detalhar as especificidades do processo eleitoral” e abrir o procedimento que de certa forma lança a “corrida” à sua sucessão, já que os interessados devem apresentar as suas candidaturas durante o mês de novembro, antes da reunião de 4 de dezembro.

Apontando que, até agora, só há “rumores sobre eventuais candidatos, mas nada oficial”, o mesmo responsável lembrou que a eleição se fará através de “um processo de voto simples, de «um país, um voto»”, e o vencedor assumirá funções em 13 de janeiro, sendo assim a reunião de dezembro, a da eleição, a última presidida pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.

Na sua anterior participação numa reunião do Eurogrupo, em 15 de setembro passado, em Talin, Centeno admitiu que tem havido “um conjunto de conversas” sobre a possibilidade de se candidatar à presidência do Eurogrupo, e, sem assumir explicitamente essa candidatura, garantiu que Portugal participará ativamente no processo.

“Vamos participar nessa discussão com a maior das tranquilidades, tendo como objetivo trazer para a Europa e para Portugal aquilo que de mais positivo nós conseguimos oferecer, e isso são as nossas ideias, a nossa participação e vamos ser muito ativos nessa matéria”, disse aos jornalistas, na ocasião.

Questionado sobre se tem recebido incentivos dos seus homólogos para se candidatar, limitou-se a dizer que “há um conjunto de conversas”, que tem abordado com enorme tranquilidade, mas também de forma determinada.

“Com enorme tranquilidade, vos asseguro, e com a mesma determinação com que temos abordado as questões económicas, financeiras e sociais, vamos tratar desse assunto tendo como objetivo aquilo que é o sucesso do programa politico que temos para Portugal, que acreditamos nele, e que também nessa dimensão tem que ser defendido e valorizado”, declarou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.