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Aeroporto: Falta de meios do SEF provoca “entre duas a três horas” de filas de espera

Turistas reagem mal à situação e presidente do Sindicato da Carreira de Inspeção e Fiscalização do SEF, Acácio Pereira, reforça necessidade de encontrar uma solução urgentemente.
8 Julho 2017, 13h35

A falta de meios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa tem-se feito notar intensamente, levando a filas de espera por períodos de duas e três horas, de acordo com testemunhos ouvidos pelo Diário de Notícias (DN). Apesar da direção do SEF afirma tratar-se de casos pontuais, trabalhadores no aeroporto referem que número de funcionários é insuficiente face ao aumento significativo de passageiros estrangeiros. “A situação está muito pior”, admite Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Inspeção e Fiscalização do SEF.

Em declarações ao DN, Acácio Pereira disse que “o balanço está longe de ser positivo” relativamente aos fluxos turísticos. A Confederação do Turismo Português (CTP) foi informada do recrutamento de novos funcionários, “mas a medida não está a produzir resultados satisfatórios”, avançou, relembrando a necessidade de “ter em conta que o fluxo de chegadas fora do Espaço Schengen está a aumentar – estamos na época alta e o mercado dos EUA está a crescer – e a tendência é para incrementar os movimentos com as novas rotas para a China”.

Para o responsável, a prioridade passa por “encontrar uma solução urgente”, visto que as reações dos turistas não têm sido positivas. “Ninguém gosta de, depois de uma viagem longa e cansativa, ficar retido no aeroporto durante duas horas”, sustentou, referindo não ser a experiência turística ideal para os que vêm visitar o país.

Para reforçar o aeroporto e outras áreas do género da investigação criminal, é preciso admitir urgentemente 200 novos inspetores, referiu. Enquanto não se encontra a solução permanente, o SEF destacou 45 estagiários sem curso concluído para o aeroporto, ao que o sindicato assegura que “a sua presença pouco adianta pois não têm ainda competências atribuídas”. Atualmente, em terreno estão “230 elementos a efetuar o controlo da fronteira” no aeroporto, aponta a direção do SEF, incluindo os estagiários na contagem.

Constança Urbano de Sousa definiu, em janeiro deste ano, os “Objetivos Estratégicos do ministério da Administração Interna 2017/2019” que visa, entre vários pontos, “fixar em menos de 40 minutos o tempo máximo de espera de processamento no controlo de fronteiras”.

“O SEF tem vindo a corresponder ao aumento do tráfego aéreo e do fluxo de passageiros verificado, cumprindo a missão que lhe está confiada enquanto serviço de segurança”, relata a direção do SEF, acrescentando que já pediu um concurso para 200 novos inspetores, que aguarda autorização das Finanças.

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