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Fed confirma previsões e volta a subir taxas de juro

Yellen cumpriu as expectativas do mercado e a Reserva Federal norte-americana subiu a taxa dos fundos federais.
REUTERS/Yuri Gripas
15 Março 2017, 18h07

A Reserva Federal norte-americana confirmou as expectativas dos mercados e aumentou a taxa de juros em 25 pontos base, para 0,75% e 1%, a primeira subida deste ano e a terceira desde dezembro de 2015, depois de a Fed ter anunciado em dezembro que planeia três aumentos em 2017.

“Considerando as condições do mercado laboral realizadas e esperadas e para a inflação, o Comité decidiu aumentar o intervalo para a taxa dos fundos federais para entre 0,75% e 1%”, divulgou o banco central em comunicado.

Após dois dias de reunião dos 17 membros do Federal Open Market Committee (FOMC), o anúncio do aumento da taxa de juros já este mês foi concretizado, seguindo a estratégia de política monetária anunciada pela Fed após a campanha presidencial.

“O mercado laboral tem continuado a ganhar força e a atividade económica continua a expandir-se”, sustenta a reserva-federal sobre a decisão. A presidente da Fed, Janet Yellen, já tinha indicado que o cenário económico e os dados do mercado laboral, num cenário em que a inflação se situa perto dos 2%, sustentaria a decisão monetária.

Em fevereiro, Yellen avisou que esperar demais para remover a estratégia acomodatícia seria “imprudente”, podendo levar a Fed a ter de aumentar as taxas mais rapidamente, “o que arriscaria perturbar os mercados financeiros e empurrar a economia para uma recessão”.

No entanto, “a abordagem da política monetária continua acomodatícia, apoiando assim um reforço adicional das condições do mercado de trabalho e um regresso sustentado a uma inflação de 2%”, sublinha o banco central.

Janet Yellen já tinha indiciado que a decisão seria neste sentido e os analistas davam como certo o aumento “gradual” dos juros. “Na nossa reunião no final deste mês, o Comité irá avaliar se o emprego e a inflação continuam a evoluir de acordo com as nossas expectativas, nesse caso um ajuste adicional da taxa de juros federais provavelmente seria apropriado”, afirmou a líder do banco central, a semana passada. 

Os mercados aguardavam desde o discurso de Yellen a 14 de fevereiro, um sinal se a subida da taxa de juros se concretizaria já em março ou na reunião de maio. “Pensamos neste momento que será apropriado aumentar gradualmente a taxa de juros federais se os dados económicos continuarem a revelar-se como esperamos”, explicou a presidente da Fed no encontro em Chicago.

Em fevereiro, a presidente da Fed já tinha anunciado a possibilidade da subida da taxa de juros num discurso no Congresso, na apresentação do primeiro relatório semestral de política monetária após a eleição de Donald Trump à Casa Branca. “Esperar demais para remover a estratégia acomodatícia seria imprudente, eventualmente levando o comité a ter de aumentar as taxas mais rapidamente, o que arriscaria perturbar os mercados financeiros e empurrar a economia para uma recessão”, adiantou na altura.

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