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Fim das moratórias vai provocar queda dos preços das casas em Portugal este ano, aponta estudo

Efeito vai verificar-se principalmente no segmento de apartamentos, onde esta descida já começou a sentir notória em janeiro, com 64% dos municípios portugueses a evidenciarem uma estagnação ou mesmo arrefecimento dos preços.
26 Fevereiro 2021, 11h58

O fim das moratórias vai levar a uma quebra nos preços das casas nos próximos 6 a 9 meses. A previsão é feita pela consultora imobiliária “Imovendo” no seu relatório regional revelado esta sexta-feira, 26 de fevereiro.

De acordo com este relatório, a quebra nos preços será sentida principalmente no segmento dos apartamentos, onde esta descida já começou a sentir notória em janeiro, com 64% dos municípios portugueses a evidenciarem uma estagnação ou mesmo arrefecimento dos preços.

Já no segmento das moradias os dados apontam para uma descida ou estagnação dos preços de 42%, “uma realidade que tenderá a agravar-se à medida que as moratórias acabarem e a oferta imobiliária aumentar mais do que a procura residencial”, indica o documento.

Em apenas três meses o peso dos municípios que já sentiram algum tipo de desaceleração dos preços nos apartamentos foi de 58%, enquanto que nas moradias era de apenas 29%, algo que segundo o estudo está também relacionado com o aumento do desemprego, da incerteza sobre o desempenho económico nacional nos próximos seis meses e o antecipar do fim das moratórias que, caso não ocorra de forma gradual e controlada, poderá colocar uma pressão adicional do lado da procura para que os preços sejam fortemente ajustados em baixa.

Em janeiro de 2021, somente 36% dos municípios portugueses registavam valores do m2 mais altos do que no ano anterior no segmento dos apartamentos.

Manuel Braga, CEO da Imovendo, salienta que “o crescente peso dos municípios que apresenta sinais vermelhos em termos de evolução homóloga dos preços é um sinal de que a pressão para que os asking prices sejam revistos em baixa será cada vez maior, promovendo um círculo vicioso de sucessivos ajustamentos em baixa, que pemitirá que 2021 seja sinónimo de inversão do mercado e de novas oportunidades de investimento a preços mais competitivos”.

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