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FIN quer Portugal como ponto central entre África, América e Europa

Associação de Jovens Empresários Portugal-China promove ciclo de feiras para fomentar negócios em português.
2 Junho 2017, 13h11

Portugal já não é a zona periférica. Se imaginarmos um triângulo cujos vértices estão na África, América, e na Europa, Portugal é o centro das relações que a Feira & Fórum Internacional de Negócios – China e Países de Língua Portuguesa e Espanhola (FIN) quer promover. Quem defende isto é Alberto Carvalho Neto, presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), que, em entrevista ao Jornal Económico, diz que quanto maior cooperação houver, mais oportunidades vão surgir.

“Quanto mais cooperarmos, quanto mais Portugal abrir portas, mais negócios e oportunidades vão surgir”, diz Alberto Carvalho Neto. “Antigamente lançávamos caravelas; hoje lançamos startups”, refere, defendendo que “a FIN é o resultado da ousadia portuguesa”.

“Temos suficientes aliados no mundo para conseguirmos trazer grandes oradores à nossa feira e esta é uma ótima oportunidade para os empresários portugueses promoverem os seus bens e serviços na China e nos países de língua portuguesa e espanhola, sem saírem de cá”.

A FIN decorre entre os dias 21 e 23 de Junho, na Exponor, em Matosinhos.
Michele Orzan, presidente do European Chamber (EuChamber) é um dos oradores da FIN e mostra uma infografia onde Portugal aparece pintado com a cor verde. “O que significa isto? Que Portugal é um dos melhores países da europa para negócios, a longo prazo. À nossa frente encontram-se os países do norte”, diz, em declarações ao Jornal Económico.
Na análise deste ranking foram considerados vários fatores definidos pelo Banco Mundial. Mas, segundo os parâmetros do EuChamber, houve a necessidade de juntar um fator muito importante: o nível de transparência de um Estado, “uma vez que a integridade e a transparência das empresas desempenham um papel importante no ambiente de um país”, Michele Orzan.
E é este bom desempenho de Portugal que Alberto Carvalho Neto quer mostrar no desenrolar da FIN.

Lisboa e Porto
Para o presidente da AJEPC Portugal não é só Lisboa. O Porto também tem mostrado uma grande capacidade de desenvolvimento e um “grande tecido empresarial”.

Assim, um dos painéis previstos vai contar com a Emirates. A companhia aérea vai ao Porto para tentar implementar, nos próximos dois anos, uma rota direta para a ‘cidade Invicta’.

As datas do evento foram escolhidas a dedo. Quem quiser estender a estada no Porto vai conseguir usufruir das Festas de São João. “Temos de saber agregar o nosso mundo dos negócios ao mundo rural e à nossa capacidade de receber”, diz Carvalho Neto.

O projeto da FIN está pensado para ser desenvolvido a médio e a longo prazos. Está previsto que esta feira se realize nos próximos 10 anos, num ciclo rotativo, ou seja, em junho haverá sempre um evento no norte do país, em outubro será em Macau e no final de março no Brasil. É este ciclo que permite que seja feita uma promoção de negócios em língua portuguesa.

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