A diretora do FMI, Christine Lagarde, vai apresentar, este domingo, aos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 um relatório sobre o impacto que as restrições já anunciadas terão sobre o comércio mundial. “Certamente indica o impacto no PIB (Produto Interno Bruto), que no pior cenário, à luz das medidas já … está na faixa de 0,5% do PIB em uma base global”, adiantou, ontem, aos jornalistas.
No relatório, o FMI refere que o crescimento global poderia atingir os 3,9% em 2018 e 2019, mas os riscos de desaceleração subiram devido às tensões comerciais que continuam em crescendo.
Horas antes o secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, dissera aos jornalistas que as tarifas não tinham tido até ao momento quaisquer efeitos “macroeconómicos” na maior economia mundial. A Reuters avança que Mnuchin tentará reunir aliados do G7 este fim de semana para se juntarem aos Estados Unidos numa ação mais agressiva contra a China.
Da agenda da cimeira faz parte o debate sobre como atrair capitais privados para financiar o investimento em infraestruturas e fomentar o comércio multilateral e o desenvolvimento. Segundo noticia a agência Brasil, sobre a mesa está uma proposta que visa reduzir, atá 2035, o défice global em infraestrutura. Mas o tema que a todos preocupa, neste momento, é a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos ao decretar tarifas de 25% sobre 34 mil milhões de dólares de importações da China. Uma fasquia que Donald Trump acaba de elevar ao anunciar tarifas de 10% a outros 200 mil milhões de dólares de produtos chineses.
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