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Governo: Portugal quer acolher empresas vindas da Catalunha e do Reino Unido

O ministro da Economia manifestou hoje a vontade de Portugal acolher empresas que estão a sair da Catalunha, em Espanha, devido à crise política, e do Reino Unido, pela saída da União Europeia, destacando “a estabilidade” do país.
8 Novembro 2017, 12h20

“Empresas que vêm da Catalunha e do Reino Unido encontram aqui um país que as quer acolher, que tem orgulho em receber bem”, disse Manuel Caldeira Cabral, que falava aos jornalistas na cimeira de tecnologia e empreendedorismo Web Summit, que decorre em Lisboa até quinta-feira.

O governante disse que estas empresas “encontram [em Portugal] um país aberto aos negócios, um país tolerante, que acolhe as empresas de todo o mundo, numa Europa e num mundo em que muitos países estão a ter dúvidas se querem continuar abertos”.

Ao mesmo tempo, “encontram também em Portugal um país competitivo”, ao nível dos custos e da qualidade das infraestruturas tecnológicas e dos trabalhadores.

“Portugal tem uma geração jovem muito qualificada, muito capaz”, notou Manuel Caldeira Cabral.

Aludindo também à situação económico-financeira do país, o governante vincou que “a estabilidade que Portugal apresenta, quer dos seus indicadores financeiros, quer a estabilidade política, quer a estabilidade de um povo que não cedeu ao populismo e que é estável na sua relação com o exterior e com os outros, quer a estabilidade de permanecer na União Europeia e empenhado no projeto europeu sem dúvidas” contribuem para tornar o país “mais atrativo”.

“E o bom momento de crescimento que Portugal está a ter demonstra bem aos estrangeiros que Portugal é um país para investir e que o momento para investir é agora”, considerou.

Manuel Caldeira Cabral observou ainda que grandes empresas como as fabricantes de automóveis “Mercedes e Volkswagen estão a investir e têm a confiança de fazer grandes investimentos em Portugal e isso é contagioso”.

Hoje, o ministro da Economia visitou algumas empresas portuguesas que estão a participar na Web Summit, entre as quais as ‘startups’ Smartluch, On Screen e NRides, das áreas do estilo de vida e desportos, e a tecnológica de moda de luxo Farfetch.

Apesar de passar um pouco despercebido, Manuel Caldeira Cabral contactou com vários empreendedores e empresários, aproveitando para saber mais sobre os negócios e a sua expansão.

O responsável realçou aos jornalistas o “enorme entusiasmo pela tecnologia que as empresas portuguesas estão a revelar” no evento.

Foram também alguns os que se apresentaram, voluntariamente, ao governante, perguntando sobre a possibilidade de uma reunião.

Por estes dias, Manuel Caldeira Cabral tem já várias reuniões agendadas com investidores de todo o mundo, aproveitando o facto de estarem em Portugal. Está também a encontrar-se com alguns líderes mundiais.

Hoje, pela hora de almoço, é a vez do ministro-adjunto britânico responsável pelo Setor Digital, Matt Hancock, numa altura em que se prevê a saída do Reino Unido da União Europeia no início da 2019.

 

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