Mukesh Ambani é o chairman de um dos maiores conglomerados indianos no setor energético e das comunicações, o Reliance Industries, mas apesar de dinheiro ser algo que não lhe falta, o magnata acredita que deve educar os seus filhos não com mimos e caprichos. Talvez por isso, o homem mais rico da Índia insiste para que os seus filhos andem de transportes públicos e contactem com algumas das realidades mais difíceis do quotidiano da sociedade indiana.
“Eu nasci na classe média e isso foi uma coisa boa”, explica Mukesh Ambani. “Estou muito orgulhoso dos valores que herdei e pretendo que os meus filhos tenham a sorte de herdá-los também”.
Com uma fortuna avaliada em 23,2 mil milhões de euros, Mukesh Ambani é um dos nomes que mais presenças tem marcado nos últimos anos junto dos rankings dos multimilionários mundiais. Esta quinta-feira voltou a juntar-se ao top das 20 milionários mais ricos do planeta, depois de ver os ganhos da Reliance Industries dispararem. No entanto, o caminho até ao sucesso não foi fácil e é isso também que Mukesh Ambani quer ensinar aos seus filhos.
Mukesh Ambani terminou a sua licenciatura em engenharia química e decidiu fazer um MBA na Stanford Business School. No entanto, após o primeiro ano teve que deixar a escola para ajudar o pai numa pequena indústria petroquímica. Graças a um esforço conjunto, Mukesh Ambani e o seu irmão, Anil, conseguiram que o negócio familiar se tornasse um conglomerado em massa.
Com a morte do pai, sucedeu-se uma luta familiar para se proceder à divisão dos ativos do grupo. Mukesh Ambani ficou com o petróleo e as empresas de petroquímicos, enquanto o irmão ficou com o fornecimento de gás e aguarda ainda a decisão do Tribunal para conseguir uma fatia maior da Reliance Industries.
Do casamento com Nita Ambani, o magnata teve três filhos: Anant, Akash e Isha. Embora vivam numa casa gigantesca com 27 andares e 173 metros de altura, localizada em Mumbai e apelidada de “Antilia” (inspirado na ilha mítica no Atlântico), Mukesh Ambani faz com que os seus filhos se desloquem diarimente para a escola ou para as atividades de tempos livres de autocarro.
“Eles precisam de saber como as coisas são realmente”, explica a mulher do magnata, lembrando que também a ela lhe foram transmitidos os “valores de classe média” e lhe graças a isso viveu “muitos momentos divertidos” e, sobretudo, “humildes”, que lhe permitiram construir uma visão mais realista da sociedade e desenvolver um carácter mais humano e honesto.
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