Os incêndios em Portugal têm um impacto na economia nacional de mais de 200 milhões de euros em perdas diretas, todos os anos. O valor depende das áreas afetadas pelos fogos e das espécies presentes na região, mas a estimativa do investigador Abílio Pereira Pacheco, do Instituto De Engenharia De Sistemas E Computadores (INESC) é que a média anual das perdas entre 2005 e 2014 tenha sido de 173 milhões de euros, segundo noticia o Dinheiro Vivo.
Cerca de 120 milhões de euros são gastos anualmente em prevenção e supressão dos fogos. “Há uma deficiente gestão do dinheiro público. Os meios de prevenção só absorvem entre 5 e 10% do orçamento para combater os incêndios. Há uns 20 a 25% para despesas como a vigilância e a deteção, mas isso acaba por entrar mais no combate ao fogo. Grande parte do bolo (40 a 50 milhões de euros/ano) vai mesmo para o combate aos fogos, isto é, metade do orçamento”, explicou o professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Paulo Fernandes, em declarações ao Dinheiro Vivo.
Desde o início do ano passado até 15 de outubro de 2016 aconteceram um total de 2677 incêndios florestais e 10 402 fogachos, resultando em 160 490 hectares de área ardida. Um dos problemas é que, do total das exportações nacionais, cerca de 9% resultam de atividades económicas relacionadas com a floresta, que são afetadas no caso de incêndio. No caso de Pedrógão Grande, a espécie predominante é o eucalipto, que não tem um valor económico muito elevado.
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