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“Incerteza está a aumentar”. BCE revê em baixa projeção de crescimento económico

Mario Draghi afirmou que a implementação de reformas estruturais nos países da zona euro tem de ser “substancialmente intensificadas”, para aumentar a resiliência, reduzir o desemprego estrutural e impulsionar a produtividade e o crescimento potencial.
Armando Babani/EPA/Lusa
14 Junho 2018, 14h11

O Banco Central Europeu (BCE) reviu em baixa as projeções de crescimento económico para a zona euro, esta quinta-feira, tendo afirmado que “a incerteza está a aumentar”. Sem se referir diretamente a Itália, o presidente Mario Draghi alertou que é necessária ação por parte dos países, especialmente os mais endividados.

“As incertezas estão a aumentar”, afirmou Draghi, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Governadores, esta quinta-feira, em Riga. O presidente do BCE defendeu que o crescimento do bloco continua “sólido e abrangente”, mas “moderou devido a fatores temporários como comércio mais fraco com o resto do mundo”.

Neste cenário, Draghi afirmou que a implementação de reformas estruturais nos países da zona euro tem de ser “substancialmente intensificadas”, para aumentar a resiliência, reduzir o desemprego estrutural e impulsionar a produtividade e o crescimento potencial.

Questionado sobre o impacto da situação política em Itália, Draghi abriu o tema aos vários Estados-membros e disse ser necessário construir “almofadas orçamentais, o que é particularmente importante em países onde a dívida pública continua elevada”. Grécia, Itália e Portugal preenchem o pódio das maiores dívidas públicas face ao produto interno bruto (PIB) de cada país.

A projeção para o crescimento do PIB da zona euro este ano é de 2,1%, o que representa um corte de 0,3 pontos percentuais face às estimativas de março. Para os próximos dois anos manteve-se inalterada, em 1,9% para 2019 e 1,7% em 2020.

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