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Inovafil aposta em fios inovadores para garantir futuro

Empresa de Vila Nova de Famalicão quer que 50% da sua produção seja de fios que integrem inovação e sejam um elemento de diferenciação.
27 Janeiro 2018, 14h00

Fios capazes de transformar a luz solar em energia térmica, fios com libertação de vitamina E, retardadores do envelhecimento da pele e aceleradores do processo de cicatrização, fios com capacidade de gestão de humidade e fios termorreguladores com capacidade de regular a temperatura corporal. Estes são alguns dos resultados da estratégia de inovação que é aposta da Inovafil, empresa de Vila Nova de Famalicão que tem apostado na diferenciação e inovação dos seus produtos para destacar num mercado em que a concorrência é feroz.

Para a Inovafil, os fios diferenciares e de valor acrescentando são a grande aposta, sendo que nos próximos anos a empresa pretende mesmo dedicar até 50% da sua produção aos têxteis técnicos e funcionais, elevando assim a fiação para um novo patamar.

Nesse enquadramento, a empresa avançou com a criação do Nidyarn – um núcleo de Investigação & Desenvolvimento para fios funcionais de elevado desempenho –, em colaboração com o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil 2C2T e a Fibrenamics, ambos da Universidade do Minho, e cujo principal objetivo é a investigação e o desenvolvimento de fios de elevado desempenho térmico, mecânico e biológico para aplicação em vestuário que possa incorporar alta tecnologia.

Estratégia é estar em diversos segmentos

Esta é uma estratégia que é vista pelos responsáveis da empresa como uma forma de “alargar os horizontes das opções sustentáveis na produção de fios”, com a utilização, por exemplo, de matérias-primas ecológicas como urtigas ou algas marinhas.

“A nossa estratégia é sermos não só moda, mas também desporto, técnicos e funcionais, porque são têxteis que vão deixar de ser um nicho de mercado quando essas funcionalidades começarem a ser introduzidas naquilo que é o nosso vestuário do dia-a-dia”, afirma Rui Martins, administrador da Inovafil, em declarações ao Jornal Económico.
Esta empresa, que é participada da Mundifios – o maior trader ibérico de fios têxteis –, instalou-se em Vila Nova de Famalicão em 2015, num investimento que rondou os 10 milhões de euros, ocupando parte das instalações da Têxtil Manuel Gonçalves, em Vale S. Cosme, que arrendou. Actualmente emprega 115 pessoas e tem uma capacidade produtiva de 160 toneladas de fio por mês, 20% das quais têm como destino a exportação direta.

A nova coleção de fios funcionais da empresa famalicense será apresentada mundialmente, no final do mês, em Munique, na ISPO, a principal feira internacional dedicada à área do desporto e ‘outdoor’.

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