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Kofi Annan defende necessidade de reformar o Conselho de Segurança

O ex-secretário-geral das Nações Unidas defendeu hoje, em Marrocos, a necessidade de reformar o Conselho de Segurança, alargando o número de assentos permanentes, mas sem direito de veto, sob pena de este órgão perder a sua legitimidade.
Former U.N. chief Kofi Annan is seen in a video conference in Yangon, Myanmar, March 16, 2017. REUTERS/Pyay Kyaw Aung FOR EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVES
8 Abril 2017, 14h34

“A estrutura atual do Conselho de Segurança é baseada na realidade geopolítica da Segunda Guerra Mundial. O mundo mudou e nós temos de nos adaptar e isso não está a acontecer”, alertou hoje Kofi Annan, numa intervenção no “Fim de Semana da Governação Ibrahim”, que decorre até domingo em Marraquexe, Marrocos.

Segundo noticia a Lusa, o ex-secretário-geral das Nações Unidas recordou que, enquanto secretário-geral das Nações Unidas (entre 1997 e 2006), propôs uma reforma do Conselho de Segurança, defendendo que, se o Conselho não for alterado, “vai perder a sua influência e legitimidade”.

“Nessa altura, eu percebi que não se pode pedir aos membros permanentes para que abdiquem do poder de veto. Temos de criar novos assentos sem poder de veto para trazer membros de outras regiões, de forma a tornar o Conselho mais democrático e mais representativo”, salientou o responsável.

Annan adiantou ainda que se pode chegar a uma situação em que os países emergentes, como a Índia, Indonésia ou África do Sul, irão perguntar por que é que têm de aceitar decisões deste corpo que não é representativo.

“Os membros permanentes têm de pensar muito seriamente e decidir quanto é que querem ceder para que os outros possam participar de forma significativa e ter uma cooperação”, esclarece. Caso contrário, avisou, “entraremos numa situação de competição destrutiva”.

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