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Lucro da Galp deverá ter disparado 55% no 3º trimestre, segundo o Caixa BI

O banco de investimento salienta que além dos números positivos, impulsionados pelos negócios da refinação e da produção, o foco deverá estar em eventuais novidades sobre os resultados das novas rondas de licitação no pré-sal brasileiro, onde a Galp quer aumentar a exposição.
Cristina Bernardo
26 Outubro 2017, 07h25

A Galp Energia deverá apresentar um disparo de quase 55% no lucro líquido no terceiro trimestre face ao período homólogo,  segundo as estimativas do Caixa Banco de Investimento (BI), suportado por várias unidades de negócios.

“Esperamos um conjunto forte de resultados no terceiro trimestre, apoiado pelos desempenhos positivos dos negócios de Refinação e Distribuição e de Exploração e Produção.”, explicou o Caixa BI.

A petrolífera apresenta os resultados na segunda-feira, 30 de outubro, antes da abertura da bolsa. O Caixa BI antevê um lucro líquido de 178 milhões de euros, face aos 115 milhões do período homólogo e aos 151 milhões do segundo trimestre. Os números são ajustados para corrigir os efeitos de ‘stock’ e eventos não-recorrentes (RCA).

O EBITDA – resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização – terá subido 27,4%, em termos homólogos, para 489 milhões de euros.

A 16 de outubro, no trading update, a Galp anunciou que a produção net entitlement, (líquida de custos com direitos de exploração pagos aos estados) no Brasil disparou 35,2% no terceiro trimestre, em termos homólogos, para uma média díária de 86,8 mil barris de crude por dia.

Apesar de uma queda de 23,2% da produção em Angola, o output total da empresa avançou 29,2% para 92,4 mil barris por dia. A produção média working interest, ou seja, bruta, aumentou 27,7% para 94,7 mil barris diários entre julho e setembro, face aos 74 mil barris no período homólogo.

“A produção de crude no Brasil continuou a aumentar e e beneficiou ainda de preços mais elevados,” realçou o Caixa BI.

Sublinhou que a margem de refinação da Galp terá aumentado para 6,8 dólares por barril.  “As margens devem subir tanto em termos homólogos como em cadeia, com os efeitos negativos da época de furacões nos Estados Unidos na infraestrutura de refinação no Golfo do México a reduzirem os níveis de utilização e a impulsionarem as margens”.

“Ainda não são conhecidos os resultados da segunda e terceira rondas de licitação no pré-sal do Brasil, mas este deverá ser um dos temas a ser discutido na teleconferência com os analistas,” explicou, recordando que a Galp já sinalizou interesse em aumentar a exposição a esse país.

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