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Medina quer “faixa BUS” na auto-estrada entre Lisboa e Cascais

E uma espécie de “via verde” para o licenciamento de edifícios de escritórios em Lisboa. No almoço-debate de hoje do International Club of Portugal, o autarca da capital apresentou as sua prioridades políticas para o eventual segundo mandato.
Cristina Bernardo
10 Julho 2017, 16h19

O atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e candidato ao mesmo cargo, Fernando Medina, participou hoje num almoço-debate do International Club of Portugal, tendo apresentado as sua prioridades políticas para o eventual segundo mandato. Com destaque para os transportes públicos. Nesse sentido, o autarca revelou que defende a criação de “uma faixa exclusiva para transportes públicos” na auto-estrada entre Lisboa e Cascais.

Medina salientou que a auto-estrada em causa (A5) vai ser reabilitada e alargada em breve, tal como prevê o contrato com a respetiva empresa concessionária. Ora, no âmbito desse processo, Medina propõe que a nova faixa seja dedicada aos transportes públicos. A prioridade é diminuir os automóveis que entram e saem da capital diariamente e não promover ainda mais o transporte individual. “Os transportes públicos e coletivos serão o grande investimento do meu próximo mandato,” afirmou Medina.

Questionado sobre novos projetos de viadutos e túneis, Medina sublinhou que o problema da mobilidade na capital deriva do “excesso de automóveis”, pelo que a prioridade deve ser “uma aposta forte” nos transportes públicos. “Há cerca de 370 mil automóveis que entram todos os dias na cidade e isso não é sustentável,” frisou. Essa “aposta forte” nos transportes públicos consiste em “investir mais na Carris e no Metro”, além de promover “a gestão integrada dos transportes públicos com os outros municípios da área metropolitana de Lisboa.”

Outra das prioridades de Medina será “o acesso à habitação”, tal como referiu no discurso de abertura do debate, enaltecendo o recente “programa de renda acessível” que deverá ser “expandido” no futuro. Na ronda de perguntas da audiência que se seguiu, Medina foi questionado sobre o destino dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos. “Não servirão para habitação social, mas para escritórios. E serão colocados no mercado em breve,” respondeu o autarca do PS.

De acordo com Medina, há uma crescente procura de espaços para escritórios, nomeadamente de “empresas ‘start-up’ tecnológicas”, e torna-se assim prioritário aumentar a oferta. Essa será outra das suas prioridades políticas, com o objetivo de “dar força ao músculo económico da cidade.” O autarca revelou que tenciona agilizar o processo de licenciamento de edifícios de escritórios, conferindo prioridade a esses projetos e eliminando restrições e burocracias.

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