O desemprego nacional terá caído para 9% em junho, de acordo com a estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística (INE). A população desempregada terá ficado em 462,6 mil pessoas, o valor mais baixo desde novembro de 2008. Sobre maio, o INE reviu em baixa a previsão que tinha feito no mês passado.
O número de desempregados em Portugal terá caído 2,3% (11,1 mil pessoas) em relação a maio e 7,9% (39,6 mil pessoas) face a março.
“A taxa de desemprego das mulheres (9,5%) excedeu a dos homens (8,5%)”, explica o INE em comunicado. “A taxa de desemprego dos jovens situou-se em 23,4% e diminuiu 0,5 p.p. em relação ao mês precedente. A taxa de desemprego dos adultos foi de 7,9% e diminuiu 0,2 p.p. em relação àquele mês”.
Em junho, a estimativa provisória da população empregada terá ficado, assim, em 4 672,3 mil pessoas. O valor significa um aumento de duas mil pessoas (ao que corresponde uma variação relativa quase nula) face ao mês anterior. Em relação a três meses antes, a subida do emprego foi de 0,5% ou 21,5 mil pessoas.
O INE confirmou ainda a taxa de desemprego em maio, que ficou abaixo dos primeiros números. “A taxa de desemprego de maio de 2017 situou-se em 9,2%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior e menos 0,7 p.p. em relação a três meses antes”.
“Aquele valor representa uma revisão de menos 0,2 p.p. face à estimativa provisória divulgada há um mês e constitui o valor mais baixo observado desde novembro de 2008 (8,9%)”, refere o INE.
A população desempregada de maio foi estimada em 473,7 mil pessoas, tendo diminuído 3,3% em relação ao mês anterior (menos 16,2 mil pessoas). Por outro lado, a população empregada foi 4 670,3 mil pessoas, mais 0,1% ou 5,9 mil pessoas que em abril, revelam os dados publicados esta sexta-feira pelo instituto.
A taxa de desemprego foi um assunto que criou nos últimos dias mau estar para o INE, depois de o comentador político, Luís Marques Mendes, ter afirmado que o instituto iria confirmar a descida do indicador para 9,4% em maio.
Depois do comentário do conselheiro de Estado, na SIC, o INE lembrou que a estimativa provisória já tinha sido publicada e criticou Marques Mendes. “Estas afirmações podem afetar negativamente a confiança da opinião pública sobre a forma como o INE exerce a sua missão de serviço público”.
“Esta falsa antecipação é grave na medida em que se pode gerar na opinião pública a ideia que Luis Marques Mendes tenha qualquer privilégio de acesso antecipado às estatísticas oficiais do INE, o que não sucede”, acrescentou o instituto na semana passada sobre o comentário, que se sabe agora falhou o valor.
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