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Ao contrário do esperado, Moody’s mantém ‘rating’ de Portugal em ‘lixo’

A expetativa dos analistas era que a agência fizesse um ‘upgrade’ para grau de investimento, mas continua em nível especulativo. A agência não publicou qualquer relatório nem justificou porque é que não avaliou Portugal.
20 Abril 2018, 21h45

Ainda não foi desta que a Moody’s tirou Portugal do ‘lixo’. Ao contrário das expetativas de economistas e analistas, a agência de notação financeira manteve o rating e a perspetiva da República inalterados em Ba1 (positiva), ou seja, no primeiro grau especulativo.

A agência não publicou qualquer relatório sobre Portugal esta sexta-feira, tendo atualizado apenas o calendário de avaliações. As datas são apenas indicativas e as agências podem simplesmente não se pronunciar sobre os países.

No entanto, a ausência de notícias acabou por ser inesperada, dado que a expetativa era de um upgrade. A Moody’s foi a segunda agência a sinalizar que Portugal estava a reconquistar a confiança internacional (depois da Fitch) quando, em setembro de 2017, passou a perspetiva do rating para ‘positiva’, de ‘estável’. A notação ficou em Ba1 (grau especulativo) e acabou por ser ultrapassada pelas pares.

A partir daí, foram só surpresas. No mesmo mês, a Standard and Poor’s tirou Portugal do ‘lixo’ sem sequer passar o outlook para ‘positivo’ e, em dezembro, a Fitch não só o fez como subiu o rating de Portugal em dois níveis.

Depois do balde de água fria, a agência Moody’s voltará a ter uma nova oportunidade de avaliar Portugal apenas a 12 de outubro. Antes, ainda há avaliações pela Fitch (a 1 de junho) e da Standard and Poor’s (a 14 de setembro).

A noite de sexta-feira não terminou, no entanto, sem boas notícias para o rating de Portugal. A canadiana DBRS – a quarta maior e a única das principais que manteve Portugal em grau de investimento durante a crise – subiu o rating de Portugal num nível para BBB, face a anterior BBB (low).

[Notícia atualizada às 22 horas]

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