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Nova tecnologia móvel monitoriza doentes respiratórios crónicos fora do hospital

O sistema SmartReab visa permitir a monitorização, anual, de mais de 100 doentes respiratórios crónicos, incluíndo os que fazem tratamento com oxigénio em casa.
17 Março 2017, 16h20

Uma em cada quatro mortes está relacionada com doenças respiratórias, sendo a terceira principal causa de morte em Portugal. Para combater essa causa, o Centro Hospitalar Lisboa Norte e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa juntaram-se, com o apoio da Fundação Vodafone Portugal, e desenvolveram o Sistema de Telemonitorização SmartReab.

Este novo sistema móvel, implementado no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, visa prolongar a monitorização da atividade física fora do hospital, acompanhando e incentivando, com segurança, o doente a manter-se ativo no seu ambiente domiciliário e na comunidade em que se insere.

Cristina Bárbara, diretora do Serviço de Pneumologia do Centro e da Clínica Universitária de Pneumologia da Faculdade de Medicina, esclarece que, “segundo a OMS, a inatividade física é o quarto principal fator de risco com impacto global, sendo responsável por 10% da mortalidade. No doente respiratório crónico, a inatividade física é ainda um fator de risco para hospitalizações e mortalidade precoce”.

Para os doentes respiratórios com uma situação mais agravante, o SmartReab permite ainda que os níveis de oxigénio possam ser ajustados conforme o necessário.

É estimado que este sistema contribua, a médio e longo prazo, para um estilo de vida saudável nos doentes respiratórios crónicos; para a redução de urgências face a um melhor controlo clínico; para a redução de internamentos como consequência da redução de urgências.

“Para os médicos e as suas equipas, este sistema de telemonitorização proporciona dados em tempo real, contínuos, com o doente em ambiente domiciliário e na comunidade. Para além de sinalizar ocorrências anómalas, permite sobretudo incentivar com segurança o aumento da atividade física e acompanhar o benefício obtido pelos programas de Reabilitação Respiratória na adoção de hábitos de vida saudável”, salienta Fátima Rodrigues, coordenadora da Unidade de Reabilitação Respiratória do Hospital Pulido Valente, local onde o sistema tem vindo a ser desenvolvido.

A diretora Clínica do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Margarida Lucas, face ao trabalho desenvolvido, congratula-se com os benefícios clínicos observados nos doentes.

“Podemos dizer que este é um exemplo concreto de sucesso e inovação decorrente da parceria entre as instituições envolvidas”, refere Carlos das Neves Martins, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Por fim, Mário Vaz, presidente da Fundação Vodafone Portugal saudou: “Este é mais um exemplo de sucesso de utilização das modernas tecnologias ao serviço da Sociedade. Uma das grandes preocupações da Fundação Vodafone é a promoção e desenvolvimento de soluções tecnológicas que contribuam para melhorar a qualidade de vida da Comunidade, e que funcionem como alavanca para desenvolver novas soluções em áreas tão importantes como a da saúde”.

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