A fórmula mais usada pelos futebolistas para negociar os seus emolumentos é o rendimento líquido, de acordo com um relatório da auditora internacional KPMG, a que o jornal Expansión teve acesso, mas o dinheiro que o jogador leva para casa é muito menos do que o que custa ao clube.
Assim, um jogador que concorda com um salário de um milhão de euros representa uma despesa bruta para um clube na liga turca de 1,19 milhões ou 1,78 para uma equipa chinesa, enquanto que para uma equipa francesa o custo aumentaria para 2,74 milhões.
Os custos em Espanha (1,91) e Alemanha (1,90) seriam semelhantes, enquanto na Itália chegariam aos 1,97 milhões, 2,12 na Inglaterra ou 2,45 milhões em Portugal.
As diferenças são ainda maiores quando um jogador tem um salário bastante mais volumoso. O estudo diz que, para um salário líquido de cinco milhões de euros, o valor bruto quase duplicaria. Enquanto uma equipa turca deveria pagar 5,9 milhões, um clube chinês custaria 9,06 milhões, 9,51 para um alemão, 9,60 para espanhol, 9,86 para a Itália, 10,71 em Inglaterra ou 12,48 em Portugal. Na Liga Francesa, nova casa do Neymar, um salário líquido de cinco milhões de euros representa na realidade 14,22 milhões para o clube.
O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, admitiu que vai estudar a implementação de bonificações salariais. Os especialistas da KPMG defendem a harmonização dos impostos, mas parece uma utopia.
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