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Oportunidades para uma acção conjunta entre Portugal e países africanos em discussão no Estoril

Filipe de Botton diz ao Jornal Económico que este “não é somente um fórum de intenções, mas de ações concretas”, revelando que será assinado no decorrer do evento uma parceria entre uma empresa portuguesa e uma empresa nigeriana.
Fotografia cedida.
9 Julho 2018, 07h25

Numa altura em que as alterações climáticas, os desafios demográficos e a revolução tecnológica são peças centrais no puzzle do desenvolvimento sustentável de África e da Europa, é crucial compreender quais as potencialidades dos mecanismos de colaboração entre os dois continentes, de forma a criar sinergias. Foi este o raciocínio que levou o Conselho da Diáspora Portuguesa, a organizar o primeiro EurAfrican Forum, que irá decorrer esta terça-feira no Centro de Congressos do Estoril .

Em declarações ao Jornal Económico, o presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa, Filipe de Botton, explica que “não é somente um fórum de intenções, mas de ações concretas” e é por este motivo que a escolha dos oradores recaiu, sobretudo, em empreendedores, ativistas e empresários de “uma geração mais jovem”.

O EurAfrican Forum, que a organização espera tornar-se um evento anual, pretende tornar-se “uma plataforma que dá visibilidade e voz às aspirações e projectos de uma  nova geração de líderes  permitindo o contacto e o relacionamento com os congéneres europeus”. Este ano, conta com a participação da directora executiva da DocConnectAfrica, Sophia Bekele, do CEO do Shoreline Group, William Elong,  do fundador da start-up Will & Brothers, Bethlehem Tilahun Alemu, de Amrote Abdella, Regional Director for Microsoft 4Afrika Initiative, do CEO da Mota-Engil África, Manuel Mota, entre muitos outros oradores.

“Quisemos chamar a atenção para quem faz acontecer as acções concretas no terreno. Pretendemos olhar para o futuro e não para o passado”, diz Filipe de Botton. É por este motivo que explica os oradores não são na maioria políticos e com exceção do discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apenas existirá um painel institucional, moderado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e que contará com a participação de representantes de diversos países, entre os quais o Ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto.

“Ficamos muito satisfeitos, depois da tensão que existiu, ver que um membro do Governo angolano vai estar numa visita oficial a Portugal para participar neste encontro”, salienta o presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa, acrescentando que “a grande missão do Conselho é criar mais valores para o país e uma iniciativa como esta, uma plataforma entre Portugal e África, que não se restringe somente à lusofonia, será uma excelente forma de promover Portugal”.

Filipe de Botton antecipa uma participação de cerca de 50% de representantes africanos e 50% europeus, entre as 387 presenças esperadas. “Esperamos criar um fortíssimo network e rede de contactos que levem ao desenvolvimento de parcerias”, diz, revelando que será assinado no decorrer do evento uma parceria entre uma empresa portuguesa e uma empresa nigeriana.

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