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Opositores ao Brexit vão processar governo britânico se não divulgar relatórios secretos

O movimento ‘The Good Law Project’ quer a publicação dos 57 estudos secretos sobre o impacto da saída em 85% da economia local, e um relatório do Departamento do Tesouro que compara os benefícios económicos previstos nos acordos alternativos de livre comércio.
13 Outubro 2017, 10h35

“O Parlamento sem oposição é mera cerimónia”. O slogan é do movimento The Good Law Project, uma iniciativa de opositores à saída do Reino Unido da União Europeia que diz que vai processar o governo britânico caso não divulgue os relatórios internos sobre o impacto do ‘Brexit’ na economia.

A iniciativa liderada pelo advogado de Direito Fiscal Jolyon Maugham e por Molly Scott Cato, membro do Parlamento Europeu, escreveu ao Departamento para a saída da União Europeia a pedir que os documentos fossem divulgados no prazo de 14 dias, informa esta sexta-feira a Bloomberg.

“Não é correto que eles estejam a ser escondidos do público”, explicou o fiscalista à agência noticiosa, acrescentando que a população deve ser capaz e ter ferramentas “de perceber o que significa o Brexit”.

Jolyon Maugham chegou a avançar com ações judiciais sobre os planos do governo de deixar o bloco europeu. Agora, através do The Good Law Project, vai tentar que sejam divulgados os 57 estudos secretos sobre 85% da economia local – aos quais fez referência o principal negociador, David Nexit, em dezembro – e um relatório do Departamento do Tesouro que compara os benefícios económicos previstos nos acordos alternativos de livre comércio.

De acordo com as estimativas do Rabobank, o impasse a que chegaram as negociações do Reino Unido com a União Europeia, aumentando o risco de um não-acordo entre as partes, pode custar até 15 mil milhões de dólares (cerca de 12.600 euros) por cada trabalhador, de acordo com as estimativas do Rabobank.

Com a saída no período de 18 meses, o executivo britânico ainda não chegou a um acordo, mesmo no que toca a questões prioritárias do divórcio. Ainda esta manhã veio a público que um documento preliminar interno, a que a BBC teve acesso, sugere que os 27 países da União Europeia devem discutir o comércio entre eles.

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