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Parlamento madeirense debate comunicação social depois da venda do JM

O governo regional madeirense participa hoje no parlamento insular num debate sobre comunicação social que se realiza depois de ter sido formalizada a venda do Jornal da Madeira a privados locais.
6 Junho 2017, 01h48

O debate foi requerido pelo governo de Miguel Albuquerque poucos dias depois de ter sido assinada a escritura de venda da empresa proprietária do Jornal da Madeira (JM) a um grupo de investidores privados locais, que gastaram 10 mil euros na operação e se comprometeram a investir cerca de 1 milhão de euros neste projeto editorial e nos próximos dois anos.

Tudo leva a crer que o debate parlamentar requerido nos termos regimentais pelo governo insular – que não tem este momento qualquer meio de comunicação sob sua tutela direta, nem qualquer competência sobre os meios de comunicação social do estado, RTP, antenas da RDP e Lusa – visa proporcionar um debate político centrado na operação de venda do Jornal da Madeira pondo cobro a um dos mais controversos e polémicos “dossiers” da vida política regional e que durante muitos anos bipolarizou a oposição e a governação social-democrata de Alberto João Jardim

O JM deixou de integrar as empresas públicas regionais, fato que permitirá ao governo de Albuquerque reclamar o cumprimento de um compromisso assumido com o eleitorado nas regionais de 2015.

Resta saber se a oposição pretenderá, neste debate, ser esclarecida sobre alguns contornos, porventura ainda desconhecidos, desta operação.

O JM, dirigido pelo jornalista Agostinho Silva (que transitou do Diário de Notícias do Funchal), inclui a edição diária impressa e a Rádio JM (Funchal) e tem atualmente um corpo redatorial de pequena dimensão o que explica o facto da empresa ter procedido esta semana à abertura de um concurso para o recrutamento de jornalistas, de um designer gráfico e de um novo responsável comercial.

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