O governo contactou Paulo Macedo para substituir António Domingues à frente da CGD. O nome de Paulo Macedo é sugestão do Governador do Banco de Portugal.
O antigo ministro da saúde de Pedro Passos Coelho é o nome mais falado no mercado para a presidência da Caixa.
No entanto ainda não há um nome fechado. O facto de se terem mantido três administradores executivos da equipa de António Domingues – Tiago Ravara Marques, João Tudela Martins e Pedro Leitão – e ainda um administrador não executivo – Rui Vilar – pode ser um entrave à aceitação do lugar de sucessor. Pois o novo presidente da CGD deverá querer ser ele a escolher a equipe de gestores. Mas os administradores da CGD que não se demitiram estão em pleno mandato e portanto a sua saída por iniciativa do Estado daria direito a pesada indemnização.
A RTP avança que o Governo aproveita a saída de António Domingues para respeitar uma das exigências do Banco Central Europeu: a de designar um presidente não-executivo (Chairman) diferente do presidente executivo. A RTP avança com o nome de Rui Vilar como hipótese mais forte para Chairman.
António Costa não quer cometer o erro do passado e deverá só anunciar o nome do novo presidente da Caixa depois de este estar aprovado pelo Mecanismo Único de Supervisão.
O vice-presidente da Comissão Europeia para os Serviços Financeiros disse hoje que a luz verde dada à recapitalização da Caixa, em agosto, se mantém. Valdis Dombrovskis acrescentou ainda que é importante que a nova equipa de gestão do banco dê continuidade ao plano acordado com Bruxelas.
O processo de ‘fit and proper’ do novo presidente e administradores da CGD terá de ser concluído num tempo recorde, pois António Domingues e os administradores que apresentaram a demissão deverão manter a data prevista de saída que é 31 de dezembro. Ángel Corcostegui e Herbert Walter, Henrique Cabral Menezes, Paulo Rodrigues da Silva e Emídio Pinheiro, são os administradores que saem. A par com Pedro Norton que era não executivo.
Nuno Amado, António Ramalho, António Vieira Monteiro, Fernando Ulrich e José Félix Morgado receberam um telefonema do governo, a comunicar a saída de António Domingues da CGD. Segundo fontes Nuno Amado terá sido “convidado informalmente” mas não aceitou. Outro nome falado no mercado é o de José Félix Morgado, presidente do Montepio Geral. Para além de Fernando Teixeira dos Santos do BIC.
A CGD terá de realizar um aumento de capital de até 2,7 mil milhões de euros, a par com uma emissão de obrigações subordinadas no valor global de 1.000 milhões de euros.
Paralelamente terá de executar um plano de reestruturação da CGD, que passa pela redução de ativos, redução de balcões e de pessoas.
Até ao fim do ano a CGD estará em gestão corrente.
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