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PGR de Espanha vai emitir ordem de extradição para julgar Puigdemont em Madrid

O presidente destituído do Governo catalão, Carles Puigdemont, está na Bélgica com outros membros do seu governo para procurar uma “solução pacífica” para a crise que se instalou na Catalunha.
2 Novembro 2017, 10h40

A Procuradoria-Geral de Espanha vai emitir um mandato internacional de extradição para que o presidente destituído do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, e os seus ex-conselheiros compareçam a julgamento na Audiência Nacional, em Madrid. Carles Puigdemont está na Bélgica com outros membros do seu governo para procurar uma “solução pacífica” para a crise que se instalou na região.

A ordem de extradição deve estar pronta ainda esta quinta-feira. O advogado do presidente do governo destituído, Paul Bekaert, anunciou na quarta-feira que Carles Puigdemont não iria comparecer à audiência convocada pelo Supremo Tribunal de Justiça, sugerindo que os interrogatórios decorressem na Bélgica, para onde este se dirigiu após o Governo de Mariano Rajoy ter ativado o artigo 155º da Constituição espanhola e assumido o controlo da Catalunha. A audiência foi entretanto desconvocada e adiada para dia 9 de novembro.

Os outros ex-conselheiros catalães que estão na Bélgica juntamente com Carles Puigdemont são Antoni Comín (ex-conselheiro da Saúde), Meritxell Serret (ex-conselheira da Agricultura), Lluís Puig (ex-conselheiro da Cultura) e Clara Ponsatí (ex-conselheira da Educação). Os analistas políticos consideram que esta fuga à justiça se trata de uma estratégia mediática para angariar apoio para a causa catalã.

Os arguidos são acusados da prática de crimes rebelião, insurreição e mau uso de fundos, depois de terem “urdido uma estratégia do que se tornaria um movimento secessionista perfeitamente organizado e com repartição de papéis entre as autoridades governamentais, parlamentares e associações independentes”.

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