Ulisses Correia e Silva falava hoje aos jornalistas no âmbito da assinatura de um memorando que transfere para as autarquias a gestão de 2.048 casas do referido programa.
“Está sobre a mesa. Não diria a totalidade, mas se for parcial seria muito bom”, disse Ulisses Correia e Silva, adiantando que as negociações decorrem com o Governo português e que está igualmente em estudo a reestruturação do pagamento do valor em dívida.
“Estamos a negociar na possibilidade de reestruturação da dívida, tendo em conta que começa a vencer em 2021. Os encargos são elevadíssimos para um projeto que não tem rendimento em termos de retorno. Com a reestruturação da dívida ou com o perdão total ou parcial da dívida estaríamos em condições de pagar menos em termos de Dívida Pública”, disse.
Para Ulisses Correia “ótimo, seria o perdão da dívida”, mas o primeiro-ministro cabo-verdiano adiantou que se tal não for possível “há portas abertas para a renegociação”.
O programa “Casa para Todos”, gerido pela Imobiliária Fundiária e Habitat (IFH), foi lançado pelos governos do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), agora na oposição, e financiado ao abrigo de uma linha de crédito portuguesa de 200 milhões de euros.
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